"Terror vai acabar". Os festejos após anúncio de cessar-fogo em Gaza

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© REUTERS/Hatem Khaled

Notícias ao Minuto com Lusa
15/01/2025 20:23 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Médio Oriente

Depois do anúncio de que há um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e libertação de reféns entre Israel e o Hamas, com vista ao fim da guerra, as imagens que chegam são de festa e esperança. 

 

Nas últimas horas, tanto no pequeno enclave como em Telavive, onde decorria um protesto dos apoiantes dos reféns israelitas para exigir um acordo, se esperavam notícias sobre as negociações em curso. Quando, finalmente, chegaram, a emoção tomou conta dos presentes. 

Em Deir el-Balah, na Faixa de Gaza, por exemplo, Mohammed al-Nabahin, de 13 anos, contou à Al Jazeera como estava "contente".

"Queremos ver a cidade de Gaza. Temos saudades dela. É verdade que muitas pessoas de Gaza não têm casas para onde regressar, mas é bom estar no nosso bairro, perto da nossa gente e dos nossos vizinhos. Mesmo com o cessar-fogo, continuamos a sentir a falta dos nossos familiares e entes queridos que foram martirizados", disse. 

"É claro que a felicidade e o alívio entraram nos nossos corações e nos corações de todos os palestinianos. Este pesadelo, este terror vai acabar. Voltaremos às nossas casas e veremos os nossos entes queridos após mais de 15 meses de agressão, assassínio e destruição sem tréguas", contou Haitham Doghmosh, de 22 anos. 

Já Saleh, de 27 anos, falou "numa guerra brutal". "Todas as cenas que suportámos ao longo de 467 dias nunca serão apagadas da nossa memória. Mas os sentimentos de alegria que sentimos hoje com o fim da guerra fizeram-nos esquecer alguma da tristeza... Esperamos que, depois do fim da guerra, possamos regressar às nossas casas no Norte", frisou.

Já as famílias dos reféns do Hamas na Faixa de Gaza acolheram com "enorme alegria e alívio" o acordo de cessar-fogo no enclave. 

"É um importante passo em frente que nos aproxima do regresso de todos os reféns: os vivos, para reabilitação e os mortos, para um enterro adequado. Mas acompanha-nos uma profunda ansiedade e preocupação pela possibilidade de o acordo não ser cumprido na totalidade, deixando alguns reféns para trás", afirmou o Fórum das Famílias de Reféns num comunicado, referindo-se à aplicação faseada do acordo, que prevê, numa primeira fase, a libertação de 33 reféns, com prioridade para crianças, mulheres e idosos.

Muitas questões de longo prazo sobre Gaza no pós-guerra permanecem, incluindo quem governará o território ou supervisionará a difícil tarefa de reconstrução.

Ainda assim, o anúncio de um cessar-fogo oferece o primeiro sinal de esperança em meses de que Israel e o Hamas podem pôr fim à guerra mais mortal e destrutiva que já travaram, um conflito que desestabilizou o Oriente Médio em geral e desencadeou protestos em todo o mundo.

O Hamas desencadeou a guerra após atacar Israel a 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 israelitas e sequestrando cerca de 250.

Israel respondeu com uma ofensiva que matou mais de 46.000 palestinianos, de acordo com as autoridades de saúde locais, controladas pelo Hamas, e forçou a deslocação de cerca de 90% da população de Gaza, desencadeando uma crise humanitária.

Mais de 100 reféns foram libertados de Gaza numa trégua de uma semana em novembro de 2023.

Leia Também: Cessar-fogo em Gaza em vigor a 19 de janeiro. O que já se sabe do acordo

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