Marine Le Pen, líder da extrema-direita francesa, reagiu pela primeira vez à morte do pai, o histórico político Jean-Marie Le Pen, esta quarta-feira, sublinhando que "muitos que o amam, choram-no".
"Uma idade venerável levou o guerreiro, mas devolveu-nos o nosso pai. A morte veio para o levar de nós. Muitas pessoas que ele amava estão à sua espera lá em cima. Muitos que o amam choram-no aqui em baixo", escreveu na rede social X.
"Bons ventos e bons mares, papá!", acrescentou.
Un âge vénérable avait pris le guerrier mais nous avait rendu notre père. La mort est venue nous le reprendre.
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) January 8, 2025
Beaucoup de gens qu’il aime l’attendent là-haut. Beaucoup de gens qui l’aiment le pleurent ici-bas.
Bon vent, bonne mer Papa !
Marine Le Pen, recorde-se, soube da morte do pai através de jornalistas num avião no regresso de uma visita a Mayotte, na terça-feira. A notícia foi anunciada pela família de Jean-Marie Le Pen à agência de notícias francesa France-Presse (AFP), indicando que o histórico estava "rodeado pela família" e "foi chamado de volta a Deus às 12h00" (11h00 em Lisboa).
Jean-Marie Le Pen retirou-se progressivamente da vida política a partir de 2011, quando Marine assumiu a presidência do partido, que liderou até novembro de 2023.
Figura polarizadora na política francesa, Le Pen era conhecido pela sua retórica inflamada contra a imigração e o multiculturalismo, que lhe valeu tanto apoiantes fiéis como uma condenação generalizada.
Em 2018, Marine Le Pen mudou o nome do partido para se demarcar da sua imagem "demonizada" e expandir o seu apelo eleitoral, culminando no seu próprio sucesso.
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