A agência de notícias dos Emirados WAM referiu que o chefe da diplomacia dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Abdullah bin Zayed, e o homólogo israelita, Gideon Saar, também discutiram "os desenvolvimentos regionais e internacionais que foram realizados para alcançar um cessar-fogo sustentável" em Gaza.
Bin Zayed destacou a Saar a "importância urgente de promover a procura de um horizonte político sério para retomar as negociações para alcançar uma paz abrangente baseada na solução de dois Estados", que contemple a criação de um palestiniano, com o objetivo de alcançar uma "segurança sustentável" no Médio Oriente.
Os Emirados também apelaram a "trabalhar para alcançar um cessar-fogo permanente e prevenir a expansão do conflito na região", ao mesmo tempo que salientaram que é uma prioridade "pôr fim à tensão e à violência, proteger os civis e fazer todos os esforços possíveis para facilitar o fluxo de ajuda humanitária urgente".
O ministro dos EAU manifestou o seu apoio aos esforços de mediação empreendidos pelo Qatar, Egito e Estados Unidos para tentar fechar um acordo de troca de reféns por prisioneiros que levaria a um cessar-fogo permanente, numa altura em que as negociações sobre uma trégua continuam em Doha.
Bin Zayed transmitiu ainda o empenho dos Emirados em apoiar os palestinianos e o seu direito à autodeterminação, ao mesmo tempo que garantiu que o seu país "não poupará esforços para estender a mão" aos habitantes de Gaza "e continuará a fornecer iniciativas humanitárias para ajudar -los".
As visitas de altos funcionários do Governo de Israel aos Emirados são raras e muitas vezes rodeadas de grande secretismo, apesar de ambos os países terem normalizado as suas relações diplomáticas em 2020 com os chamados Acordos de Abraham, promovidos pelos Estados Unidos.
Abu Dhabi tem sido muito crítico em relação a Israel desde o início da guerra em Gaza, que resultou na morte de mais de 45.000 pessoas, embora nunca tenha colocado em cima da mesa o corte dos seus laços com o Estado Judeu.
A guerra em Gaza começou após um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas ao sul de Israel, a 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, a maioria civis.
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