O derrame atingiu hoje a costa do resort Evpatoria, um dos mais populares da península entre os veraneantes, divulgaram as autoridades locais.
"Certos setores da costa de Evpatoria foram encontrados manchados de petróleo. Os serviços comunitários foram preparados e procederam imediatamente à recolha do solo contaminado e à liquidação das consequências do derrame", explicou Alexandr Yurev, autarca daquela cidade no oeste da Crimeia, através da rede social Telegram.
Yurev detalhou ainda que os serviços de emergência estão também a resgatar aves afetadas pelo petróleo para posterior reabilitação.
Até agora, a mancha negra tinha sido avistada, no máximo, no porto de Sebastopol, no sudoeste, base da Frota Russa do mar Negro.
O Governo da Crimeia alertou que o avanço futuro do derrame através do mar Negro depende inteiramente das correntes e da força dos ventos.
As autoridades de Sebastopol encontraram hoje novas fontes de contaminação, enquanto na praia de Anapa, já na costa continental russa, os voluntários recolheram quase 90 mil toneladas de areia e solo contaminados.
No final de dezembro, as autoridades da Crimeia declararam o estado de emergência em dois municípios da península, depois de reconhecerem na altura que a situação era "realmente crítica".
O Presidente russo Vladimir Putin descreveu o derrame como um "desastre ecológico" e afirmou que quase 40% do petróleo transportado pelos petroleiros danificados - cerca de 9.200 toneladas - foi derramado no mar.
Os petroleiros 'Volgoneft 212' e 'Volgoneft 239', ambos construídos há mais de 50 anos para a navegação fluvial e posteriormente adaptados para travessias marítimas, afundaram perto do estreito de Kerch, que liga o mar Negro ao mar de Azov, durante uma tempestade.
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