A viagem, que está programada para durar de 13 a 17 de janeiro, será uma oportunidade final para Kamala Harris abordar os desafios da política externa norte-americana antes de Donald Trump tomar posse. O marido Doug Emhoff, que tem o título de segundo cavalheiro, deverá juntar-se à vice-presidente.
Embora a ex-candidata presidencial democrata não tenha revelado quais serão os seus próximos passos após perder a eleição de novembro passado, a viagem expansiva sugere que Harris pode querer continuar a desempenhar um papel no cenário global.
Há também especulações de que Harris possa vir a concorrer ao cargo de governadora do seu estado natal, a Califórnia.
Dean Lieberman, vice-conselheiro de segurança nacional de Harris, indicou numa declaração por escrito que "a vice-presidente sentiu que era importante passar alguns dos seus últimos dias no cargo agradecendo e envolvendo-se diretamente com militares americanos destacados no exterior, o que, como ela disse, tem sido um dos seus maiores privilégios como vice-presidente".
Há tropas norte-americanas com bases em todos os três destinos da vice-presidente.
Kamala Harris planeia visitar a Base Naval de Changi em Singapura e reunir-se com líderes da cidade-estado asiática. A localização de Singapura na região do Indo-Pacífico torna-a uma parceira-chave para abordar questões a envolver a China, incluindo a liberdade de navegação no Mar do sul da China.
A paragem seguinte será o Bahrein, onde Harris visitará a sede da 5.ª Frota dos Estados Unidos, que opera no Golfo Pérsico. A frota tem-se empenhado em esforços para proteger Israel de ataques iranianos e da atividade marítima regional dos Huthis no Iémen.
A paragem final de Kamala Harris será na Base Aérea de Spangdahlem, na Alemanha, que alberga aviões de combate da Força Aérea norte-americana. A política democrata planeia falar sobre a importância da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) em dissuadir a Rússia, que lançou uma invasão em larga escala da Ucrânia há quase três anos.
Kamala Harris já visitou a Alemanha e Singapura. Bahrein será o 22.º país que visitará durante o seu mandato.
"A vice-presidente continua a acreditar num forte papel de liderança global dos Estados Unidos porque isso beneficia a segurança e a prosperidade do povo americano, e ela reafirmará isso durante sua viagem", explicou Lieberman.
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