Em comunicado, o Ministério Público (MP) indicou que Vasquez foi detido juntamente com ex-vice-chefe da instituição militar Venâncio Cervantes e o ex-comandante do Comando de Operações Especiais Carlos Roberto Puerto.
Os três são suspeitos de crimes de homicídio e de ofensa à integridade física contra os cidadãos Isis Obed Murilo e Alex Roberto Zavala, apoiantes de Manuel Zelaya, marido da atual presidente das Honduras, Xiomara Castro.
O Ministro da Segurança das Honduras, Gustavo Sánchez, indicou que as três detenções foram realizadas pela Polícia Nacional em coordenação com o Ministério Público em Tegucigalpa e La Paz, na região central das Honduras.
De acordo com as investigações, a atuação dos militares foi "brutalmente desproporcional, uma vez que dispararam indiscriminadamente com espingardas de alta potência e alto calibre (M16) contra cidadãos que exerciam o seu direito de manifestação pacífica".
"A sua negligência e inação constituíram graves violações dos direitos humanos, deixando os manifestantes à mercê de uma força militar que agiu com violência desumana e excessiva", afirmou o Ministério Público.
O antigo chefe das Forças Armadas esteve envolvido no derrube de Manuel Zelaya ao promover uma consulta popular destinada a reformas constitucionais, ignorando os impedimentos legais que a Justiça do seu país então alegava.
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