Familiares de israelitas mortos querem (e poderão vir a) ter descendentes

Já haverá registo de 170 recolhas póstumas de esperma de soldados e civis israelitas. Segundo a BBC, este número é 15 vezes superior aos anos anteriores.

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© TSchwarzbard/ X (antigo Twitter)

Notícias ao Minuto
04/01/2025 20:49 ‧ há 2 dias por Notícias ao Minuto

Mundo

Israel

A família de um dos reféns israelitas mortos por engano, no mês passado, pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) espera agora que a família possa continuar, com uma prática que se está a tonar cada vez mais comum - a recolha de esperma após a morte.

 

Segundo a BBC, já foi recolhido o esperma de 170 israelitas que morreram, entre soldados e civis - um número 15 vezes superior ao que, nas mesmas condições, foi recolhido nos últimos anos.

Uma das famílias que espera agora em tribunal para que os tratamentos possam começar é a de Yotam Haim, um dos três reféns mortos que as forças israelitas erroneamente mataram durante uma operação de resgate em Shujaiya, um bairro nos arredores da cidade de Gaza.

"Culpa não é vossa". Mãe de refém morto pelas IDF mostra apoio às tropas

Yotam Haim, de 28 anos, foi morto com os reféns Samer Talalka, de 22 anos, e Alon Shamriz, de 26 anos, depois de terem sido erroneamente identificados como uma ameaça.

Notícias ao Minuto | 16:49 - 21/12/2023

A mãe do jovem, que tinha sido raptado no ataque de 7 de Outubro de 2023, já mostrou o seu apoio a Telavive, referindo na altura em que a morte do filho foi anunciada que a culpa não era das forças israelitas, mas sim do Hamas. Agora, Iris Haim explica por que razão decidiu avançar com o processo, e como tudo surgiu.

Ao Telegraph a israelita recordou que a possibilidade surgiu meia-hora depois de ter sido informada da morte do filho, pelo exército. "Fiquei muito surpreendida [com a possibilidade]. Perguntei ao meu marido e dissemos imediatamente que sim", contou.

"Temos uma oportunidade para dar continuidade ao Yotam. Sei que ele queria muito ter filhos. Quando soubemos que podia ser uma realidade, deu-me muita esperança e luz. Foi um alívio. Disse que não seria o fim, e Yotam está sempre connosco", defendeu,

Segundo o que explicaram ao jornal, foram feitas dez recolhas de material e uma amiga da família, não identificada, aguarda agora pela aprovação do tribunal para começar os tratamentos da reprodução medicamente assistida, para ser a portadora da gestação de substituição.

Este não é o único caso de recolha de esperma, com outras famílias a fazerem o mesmo. O Telegraph conta ainda o caso de Shaylee e Yahav Artery, um casal cuja casa foi invadida por "terroristas", em Kfar Aza. Yahav morreu, mas a mulher conseguiu fugir com o filho de um mês.

Dois dias depois, a esposa começou a questionar se poderia ter ainda outro filho com o marido. "Perguntei à mãe de Yahav se sabia se era possível recolher o esperma de um civil como se faz com um soldado. Tudo o que fiz a partir daí foi como uma maratona, a correr contra o tempo antes de o esperma morrer para tentar salvá-lo", explicou Shaylee ao Telegraph.

Segundo o que a imprensa conta, as hipóteses de ter outro filho acabaram, devido ao tempo na demora dos tribunais, já que o material acabou por ficar inviável.

Leia Também: Tribunal brasileiro investiga militar israelita de férias por genocídio

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