Israel endurece legislação contra violência armada na comunidade árabe

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje uma série de alterações legislativas para endurecer punições relacionadas com armas, no âmbito da luta contra o crime organizado na sociedade árabe.

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© Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images

Lusa
03/01/2025 19:51 ‧ há 2 dias por Lusa

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Médio Oriente

"Depois de receber a carta do advogado Rui Kahlon que alertava para os perigos inerentes ao fortalecimento das organizações com armas perigosas, dei instruções para promover legislação que reforça os órgãos de controlo na luta persistente contra as organizações criminosas e os crimes com armas ilegais", justificou Netanyahu .

 

O ministro da Justiça, Yariv Levin, foi encarregado de preparar um texto legislativo para endurecer os crimes relacionados com armas.

Este texto inclui uma série de alterações legislativas destinadas a fornecer às autoridades policiais ferramentas adicionais para resolver casos de armas de fogo, facilitar a acusação de crimes com armas de fogo e tornar as punições mais severas.

As novas medidas visam sobretudo crimes que ocorrem dentro da comunidade árabe em Israel, que vive numa violência quase constante.

De acordo com as Iniciativas Abraham, um grupo que faz campanha contra a violência, 213 árabes israelitas foram mortos em circunstâncias violentas em 2024, a maioria por armas de fogo.

Em 2023, tinham sido registadas 244 mortes violentas e assassínios na comunidade árabe de Israel, um máximo histórico.

Segundo este mesmo organismo, cerca de 88% dos assassínios na comunidade árabe emanam do crime organizado, enquanto os restantes são atribuídos a rixas de sangue, femicídios envolvendo familiares e outras atividades criminosas.

Em junho de 2023, Netanyahu formou um comité interministerial para combater a violência no grupo árabe, mas ainda não foram vistos resultados tangíveis.

Várias análises veem no extremista Itamar Ben Gvir à frente do Ministério da Segurança Nacional, que controla a polícia, um impedimento, dado o seu histórico de retórica antiárabe.

Mais de metade dos árabes israelitas vivem abaixo do limiar da pobreza e as suas cidades e vilas têm frequentemente infraestruturas e serviços públicos deficientes.

Leia Também: Israel nega ter ordenado evacuação do único hospital no norte de Gaza

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