Suspeito justifica violação de Gisele Pélicot com afirmação "doentia"

Suspeitos têm tentado escapar a acusação mas MP francês já afirmou que não vai aceitar teoria de "violação involuntária".

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© CHRISTOPHE SIMON/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
11/12/2024 14:38 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Mundo

França

Um dos 50 homens acusados de ter feito parte do esquema de violação contra Gisele Pélicot, em França, defendeu-se em tribunal usando duma justificação que está a causar muito incómodo.

 

Trata-se do suspeito Christian L., um bombeiro voluntário que está entre os arguidos que alegam que não podem ser considerados culpados porque não estavam cientes de que a mulher estava drogada contra sua vontade.

"O meu corpo estava a violá-la, mas o meu cérebro não", alegou o suspeito, naquela que é apernas uma das muitas alegações controversas que os suspeitos estão a usar para se demarcar do crime de violação. Alguma imprensa local descreve a esta defesa como "doentia".

Recorde-se que a mulher foi violada por dezenas de homens, sob o consentimento do seu marido, que era quem contactava estes homens através da internet, convidando-os a violarem a sua mulher - que durante todo o processo estava inconsciente.

Na senda das justificações que têm sido apresentadas, o Ministério Público francês defendeu que não existe "violação involuntária" neste caso, esperando que o veredito traga uma mensagem de esperança às vítimas de crimes sexuais.

Após meses de testemunhos e provas apresentadas em tribunal, os homens deverão ser condenados na próxima semana e, se forem considerados culpados, enfrentam coletivamente uma pena de mais de 600 anos de prisão. 

Leia Também: Estava "perdida" e com "vergonha": Advogado recorda início com Pelicot

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