"Os veículos vão ser entregues todos até final de 2027, sendo que em 2026 têm que entregar seis veículos. São os veículos necessários para começar a operar a Linha Rubi [Casa da Música - Santo Ovídio, em construção]", disse hoje Tiago Braga aos jornalistas.
Tiago Braga falava após a cerimónia de assinatura do contrato de aquisição de 22 novos veículos, que decorreu na estação do Campo 24 de Agosto, no Porto.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, pediu, no seu discurso, que o construtor assuma o "compromisso de em 2026 entregarem ao ritmo de três carruagens ao mês".
"Nós já estamos fartos de não cumprir datas em Portugal. Nós temos que cumprir datas. Quem precisa deste serviço são os nossos concidadãos que estão lá fora", vincou o governante.
Tiago Braga explicou ainda que o novo sistema instalado nos veículos, denominado CBTC (Communication Based Train Control, ou Controlo de Comboio com Base em Comunicações, em português), abrem "a possibilidade de, um dia", ser tomada uma decisão de automatização da circulação.
"Tipicamente, os sistemas automáticos não são sistemas que são desenvolvidos à superfície. Na Linha Rubi será muito difícil nós chegarmos a ter um sistema automático", admitiu.
Porém, na Linha Rosa (Casa da Música - São Bento), totalmente subterrânea, "é possível, e será seguramente uma decisão que um dia a empresa vai tomar, de tornar essa linha totalmente automática".
"Se nós não déssemos este passo neste momento, não o conseguiríamos fazer nunca, a não ser substituindo totalmente os sistemas dos veículos. Já está feito, foi planeado", referiu, estando "a planear o futuro a uma década".
No final da cerimónia, o ministro Miguel Pinto Luz não respondeu a questões dos jornalistas acerca da proposta do consórcio LusoLav para alterar a localização da estação de alta velocidade de Gaia.
Em resultado do concurso público internacional, a Metro do Porto adjudicou 22 novos veículos à CRRC, num investimento de 69,5 milhões de euros financiado pelo Sustentável 2030 e pelo Fundo Ambiental.
"Atualmente com 120 veículos, a frota do Metro do Porto vai ser alargada com estas 22 novas unidades (no concurso é admitida a possibilidade de ser acionada uma opção para mais 10) produzidas pela CRRC Tanghan -- o maior fabricante ferroviário do mundo", referiu a empresa em fevereiro, aquando do anúncio da adjudicação.
Cada unidade terá capacidade para transportar 244 clientes, 64 dos quais em lugares sentados, tendo os veículos sete portas de cada lado.
A empresa chinesa já tinha sido responsável pelo desenvolvimento dos 18 veículos mais recentes da Metro do Porto, os cinzentos CT (CRRC Tram) em circulação desde 2023, mantendo os novos a mesma cor, mas com um design atualizado.
"Os veículos incorporarão ainda sistemas anticolisão e de deteção de obstáculos, bem como de deteção de incêndios, aumentando de forma considerável a segurança operacional dos mesmos", refere a Metro do Porto.
Além dos 18 veículos CT, a Metro do Porto conta ainda com 72 veículos Eurotram e 30 Flexity Swift.
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