A barra de chocolate que está a fazer furor nas redes sociais (e não só) causou uma escassez de miolo de pistacho a nível internacional.
Num ano, o preço deste fruto seco, que é maioritariamente cultivado no Irão e nos Estados Unidos, subiu de 7.65 dólares (cerca de 6.73 euros) para 10.30 dólares (cerca de 9.06 euros) por quilo, segundo disse o comerciante CG Hacking ao Financial Times.
A fraca colheita do ano passado nos Estados Unidos, que é o principal exportador mundial, já tinha feito soar os alarmes. Contudo, os frutos secos tinham melhor qualidade, pelo que foram vendidos inteiros, o que intensificou a escassez dos pistachos usados como base nas barras de chocolate.
Por seu turno, os produtores iranianos exportaram 40% mais pistachos para os Emirados Árabes Unidos nos últimos seis meses até março do que nos 12 meses anteriores.
A febre do chocolate do Dubai surgiu depois da criação de uma barra que combina chocolate de leite, a massa quebrada conhecida como kataifi e um recheio de creme de pistacho, pelas mãos do produtor Fix.
Outros grandes fabricantes de chocolate, como a Läderach e a Lindt, criaram as suas versões do produto, mas estão a lutar para satisfazer a procura internacional.
Charles Jandreau, o diretor-geral do Prestat Group, que detém várias marcas de chocolate britânicas de luxo, disse ao FT que a procura das barras surpreendeu a indústria.
“Parece que surgiu do nada. De repente, vê-se em todas as lojas”, disse.
Recorde-se que o primeiro vídeo a elogiar o chocolate do Dubai foi publicado no final de 2023 e já foi visto mais de 120 milhões de vezes.
Leia Também: Croissant recheado com chocolate do Dubai? Saiba onde provar em Lisboa