A margem financeira cifrou-se nos 98 milhões de euros, menos 0,8% homólogos.
"Excluindo o impacto do final da parceria do cartão Universo, o crescimento dos rendimentos operacionais teria sido 11,8%, com uma expansão da margem financeira de 13,3%", adiantam os CTT.
Os juros recebidos "aumentaram 44,3 milhões de euros face a igual período do ano anterior, beneficiando do crescimento dos volumes de negócio" e os "pagos aumentaram 45,1 milhões de euros face a igual período de 2023, devido ao aumento dos depósitos de clientes", referem os Correios, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No final do ano 2024, "o número de contas à ordem ascendia a 681 mil (mais 34 mil face a dezembro de 2023)".
Os depósitos de clientes (consolidado Banco CTT) situaram-se em 4.043,7 milhões de euros em 2024 (+30,8% face a dezembro de 2023).
"Assistiu-se a um aumento de 56,4% dos depósitos a prazo e de 9,9% dos depósitos à ordem, face a dezembro de 2023", os juros "recebidos do crédito automóvel atingiram 60,9 milhões de euros" naquele ano (+7,8 milhões de euros; +14,7%), ascendendo a uma carteira líquida de imparidades de 937,5 milhões de euros (+9,0% face a dezembro de 2023).
A produção de crédito automóvel "situou-se em 272,5 milhões de euros (+0,8%).
Os juros recebidos de crédito à habitação situaram-se em 30,8 milhões de euros no período (+7,6 milhões de euros; +32,6%).
"A carteira de crédito habitação líquida de imparidades ascendeu a 800,6 milhões de euros", mais 10% face a 2023 e a produção de crédito à habitação "situou-se em 187,5 milhões de euros" (-24,7 MEuro; -11,6%).
Os CTT destacam a carteira de investimentos do banco, que aumentou 43,5 milhões de euros em juros recebidos "devido à aplicação de maiores montantes em títulos de dívida soberana".
Os outros juros recebidos registaram um aumento de 7,0 milhões de euros "para o qual contribuiu essencialmente o excedente de liquidez no Banco de Portugal".
As comissões recebidas desta área de negócio ascenderam a 29,8 milhões de euros (+2,6 MEuro; +9,5%).
Os Correios destacam as contribuições positivas das comissões recebidas de contas e cartões, que ascenderam a 13,2 milhões de euros (+0,5 milhões de euros; +4,0%); do crédito habitação (1,4 milhões de euros, +249,0%) e dos seguros (4,4 milhões de euros, +24,5%).
"A dotação líquida para imparidades e provisões de crédito ascendeu em 2024 a 13,0 milhões de euros (face a 25,5 milhões de euros em 2023) e um custo do risco de 0,7% (face a 1,3% em 2023).
"O valor de 2024 é positivamente influenciado pelo fim da parceria do cartão de crédito Universo e pela mais-valia decorrente da venda de carteira mal parada de crédito automóvel (o custo do risco excluindo esta mais-valia seria de 0,9%)", referem os CTT.
O EBIT recorrente ascendeu a 26,6 milhões de euros (+26,2%), "principalmente graças ao forte crescimento de volumes de negócio, nomeadamente em depósitos e empréstimos imobiliário e automóvel, à evolução das taxas de juro médias e à redução dos custos do risco de crédito".
O objetivo principal "do Banco CTT é expandir os volumes de negócios, baseando-se no crescimento estável da sua base de clientes e no aprofundamento das relações com estes. Para tal, tem realizado investimentos em sistemas e recursos humanos, de modo a fomentar a que cada cliente amplie a gama de produtos que possui" com a instituição.
Entretanto, o Banco CTT "já superou os objetivos de 2025 ao nível de volumes de negócio e rendibilidade".
[Notícia atualizada às 19h25]
Leia Também: Lucro dos CTT cai 24,7% em 2024 para 45,5 milhões de euros