"A Media Capital atingiu um resultado líquido positivo de 9,3 milhões de euros", refere a empresa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que explica que "o grupo conheceu uma forte evolução face aos resultados alcançados em 2023, que se cifrou em 0,3 milhões de euros".
Os rendimentos operacionais subiram 17% para 176,9 milhões de euros.
"Este significativo aumento resultou de um crescimento de 7% dos rendimentos com publicidade, assim como do desempenho do segmento de produção audiovisual", refere a Media Capital, salientando que "o ano ficou marcado por um ganho não recorrente, referente à tentativa de compra de uma distribuidora de Televisão, processo esse que acabou por não se concretizar".
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) "consolidado do grupo ajustado de gastos líquidos com provisões e reestruturações atingiu 24,4 milhões de euros", sendo que, "na prática, verificou-se um aumento de 135% face a 2023, para o qual contribuíram, de forma muito positiva, todos os segmentos de negócio".
O resultado operacional (EBIT) ascendeu a 15,3 milhões de euros, o que compara com 1,9 milhões de euros registados em 2023.
De acordo com o grupo liderado por Mário Ferreira, "a dívida líquida manteve-se dentro das expectativas do grupo para a sua evolução".
Desta forma, em 31 de dezembro, a dívida líquida da Media Capital era de 29,3 milhões de euros, "cumprindo com todos os 'covenants' contratualizados" e o investimento ascendeu a 9,1 milhões de euros, "resultado da estratégia de modernização e inovação que o grupo tem vindo a concretizar".
No ano passado, a Media Capital "distribuiu pelos acionistas dividendos no montante aproximado de 10,6 milhões de euros, dos quais 3,5 milhões de euros foram aprovados em 2023".
Os rendimentos do segmento televisão, digital e entretenimento registaram rendimentos operacionais de 150 milhões de euros, um aumento homólogo de 6%, "em grande medida por causa das receitas de publicidade", que subiram 7% no total do ano para 105,5 milhões de euros "devido ao aumento do investimento publicitário, tanto nos canais generalistas como nos canais temáticos".
Os outros rendimentos operacionais - que incluem, essencialmente, ganhos de cedência de sinal, vendas de conteúdos e serviços multimédia - evoluíram 3% para 44,5 milhões de euros.
Os gastos operacionais excluindo amortizações, depreciações, provisões e reestruturações "apresentaram um ligeiro aumento" - de 1% para 136 milhões de euros - "impactados pelo lançamento do canal V+TVI".
O investimento no novo canal "permitiu expandir a oferta com garantia de qualidade, diversidade e inovação de conteúdos de ficção, entretenimento e informação", adianta o grupo.
"A par do aumento de receita e de uma ligeira subida dos gastos operacionais, o EBITDA ajustado cresceu 94% face a 2023, atingindo os 14 milhões de euros", sendo "números que atestam uma gestão exigente e focada nos resultados", refere a Media Capital.
Os resultados financeiros da Produção Audiovisual registaram "uma melhoria expressiva face ao ano anterior", sendo que os rendimentos operacionais "apresentaram um aumento de 17% para 46,9 milhões de euros, essencialmente motivado pela parceria com a Prime Video".
Os custos operacionais líquidos de amortizações, depreciações, provisões, imparidades e reestruturações somaram 44,3 milhões, uma subida homóloga de 16%. Já o EBITDA ajustado foi de 2,6 milhões de euros, "registando um aumento de 53% (0,9 milhões de euros) face ao ano anterior".
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