Fatura de Moçambique com importação de combustíveis dispara em 2024

O custo da importação de combustíveis por Moçambique disparou em 2024, acima de 1.800 milhões de euros em apenas nove meses, mais do que os gastos em todo o ano de 2023.

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© Getty Images/AMILTON NEVES/AFP

Lusa
20/01/2025 07:07 ‧ ontem por Lusa

Economia

Moçambique

De acordo com um relatório estatístico do Banco de Moçambique, com dados de janeiro até ao final de setembro de 2024, o custo com a importação de combustíveis pelo país ascendeu a 301 milhões de dólares no primeiro trimestre, subiu para 621,1 milhões de dólares (604 milhões de euros) no segundo, e para 935,9 milhões de dólares (910 milhões de euros) no terceiro.

 

Em apenas nove meses, o custo com a importação de todo o tipo de combustíveis ascendeu a 1.858 milhões de dólares (1.808 milhões de euros), mais do que o registado em todo o ano de 2023, 1.417 milhões de dólares (1.378 milhões de euros), e quase tanto como no ano de 2022: 1.966 milhões de dólares (1.912 milhões de euros).

Num período afetado pelas consequências económicas da pandemia de covid-19, Moçambique importou 947 milhões de dólares (921 milhões de euros) em combustíveis em todo o ano de 2021 e 542 milhões de dólares (527 milhões de euros) em 2020.

O Banco de Moçambique anunciou em junho de 2023 que iria deixar de comparticipar as faturas de importação de combustíveis do país ao exterior, considerando que os valores já podem ser suportados pelos bancos comerciais.

A comparticipação remonta a 2005 e chegou a ser de 100% depois de 2010, porque havia "grandes montantes, que variavam entre a 10 a 20 milhões de dólares numa só fatura", tornando-as incomportáveis para um banco ou conjunto de bancos suportá-la, explicou na altura Silvina de Abreu, administradora do banco central.

Nos últimos anos, "as faturas são bastante fragmentadas", às vezes da ordem de "um milhão de dólares ou menos" o que permite que bancos de menor dimensão possam entrar "neste mercado de financiamento para combustíveis", acrescentou.

Leia Também: Moçambique. Ministra das Finanças admite "reestruturação" da dívida

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