Petrolíferas expectantes com medidas concretas de Trump para combustíveis

O secretário-geral da associação que representa as petrolíferas em Portugal não tem dúvidas que a confirmarem-se as promessas de Donald Trump durante a campanha eleitoral poderá haver uma descida do preço do petróleo, mas prefere "esperar para ver".

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Lusa
20/01/2025 19:01 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Petrolífera

"Hoje temos a tomada de posse do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, como sabemos, vai ter um impacto significativo quer a nível político, quer principalmente ao nível dos negócios", começou por dizer António Comprido, representante da EPCOL - Empresas Portuguesas de Combustíveis e Lubrificantes à Lusa.

 

E, tendo em conta só o discurso que Donald Trump fez durante a sua campanha, prometendo incentivar o aumento da produção de petróleo nos Estados Unidos, "esse fator induziria, eventualmente, a uma descida. Mas vamos esperar para ver", acrescentou o responsável.

Há pouco, Donald Trump, prometeu, no seu discurso de tomada de posse como Presidente dos Estados Unidos, no Capitólio, que vai aumentar a produção de petróleo dos Estados Unidos e eliminar os subsídios criados pelo seu antecessor, o democrata Joe Biden, para a compra de veículos elétricos.

Apesar da recente subida significativa dos preços dos combustíveis, que se traduziu num aumento médio de três cêntimos da gasolina e em cinco cêntimos e meio no gasóleo esta semana, António Comprido acredita que não haverá motivos para "continuar a subir" nem "há razões para admitir que vai haver uma escalada de preços".

"Olhando para a evolução dos preços, e tirando algumas oscilações que são naturais, houve uma descida progressiva desde abril do ano passado até ao final de 2024. É natural que a seguir a um período que até foi bastante longo de descidas haja uma recuperação", sustentou.

A subida dos preços do petróleo é explicada pelo maior consumo de energia no inverno, principalmente do gasóleo devido ao clima frio, às novas sanções impostas à Rússia, bem como à OPEP ter adiado a reposição dos valores normais de produção.

"Todos esses fatores serão os responsáveis por este aumento que foi mais significativo nesta semana", referiu o responsável da EPCOL, acrescentando que o futuro da evolução da cotação do petróleo irá também depender destes pontos, sendo, por isso, difícil de prever.

Face ao maior aumento dos combustíveis em três anos, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse hoje esperar uma redução dos preços, garantindo ainda assim monitorização "nas próximas semanas" para o Governo decidir se avança com apoios como alívio fiscal.

"Teremos de avaliar a situação das próximas semanas, se é uma situação de uma continuada e permanente dos preços ou se é se é uma subida única ou temporária e se reflita numa descida", disse o ministro das Finanças, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas à entrada para a reunião do Eurogrupo.

A Comissão Europeia tem vindo a exigir a Portugal que retire os apoios adotados devido à crise energética de 2022, nomeadamente no que toca ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos [ISP]. Porém, hoje Mirando Sarmento adiantou que se for necessário avançar com esta nova ajuda, o Executivo atuará "também junto da Comissão Europeia explicando novamente a excecionalidade de uma situação destas".

Leia Também: Marcelo felicita Trump e aponta "objetivo comum" do reforço de relações

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