Está encontrado o primeiro finalista da edição 2024/25 da Taça da Liga. Um golo de Viktor Gyokeres bastou para o leão superar, na terça-feira, o FC Porto e carimbar o passaporte para a final do próximo sábado, na qual vai defrontar o Benfica ou o Sporting de Braga.
Depois da estreia com uma vitória no dérbi diante do eterno rival Benfica, Rui Borges venceu em Leiria, ao terceiro jogo, um Clássico diante do FC Porto. E só precisou de um golpe certeiro do suspeito do costume para fazer a festa na cidade do Lis.
Num encontro equilibrado de parte a parte, e que teve mexidas nos onzes iniciais nas duas equipas, o FC Porto até entrou melhor do que o Sporting, mas sem nunca conseguir criar oportunidades claras de golo. Nico González e Rodrigo Mora ameaçaram durante a primeira parte, mas a frieza leonina fez diferença na etapa complementar.
Depois de um período de crescimento na reta final da primeira parte, o Sporting entrou a todo o gás no segundo tempo e fez mexer o marcador aos 56 minutos. Aproveitando a única oportunidade que teve no Clássico, Gyokeres apareceu sozinho frente ao guarda-redes Cláudio Ramos e assinou o seu 31.º golo pelos leões nesta temporada.
Mas se do golo do sueco nós já estamos sempre à espera, o que o avançado provavelmente não esperaria era de um passe açucarado de Geovany Quenda antes de rematar para a baliza contrária. O jovem leonino, com toda a qualidade que já nos habituou, encontrou um grande buraco na defesa do FC Porto. A frieza de Gyokeres sentenciou a jogada.
Até ao final, o FC Porto carregou em busca do empate, mas o Sporting conseguiu defender o resultado e garantir o regresso às finais da Taça da Liga. Falta agora saber que acompanha este renascido leão no próximo sábado.
Mas vamos às notas da partida:
Figura
O melhor em campo não podia ser outro jogador que não Gyokeres. O sueco parece agora finalmente reencontrado com os golos. Até apresentou queixas físicas à beira do intervalo, mas isso não o impediu de marcar o golo da vitória leonina. Resolveu uma partida que se adivinhava difícil.
Surpresa
Depois de um jogo menos conseguido em Guimarães, Geovany Quenda começou o Clássico no banco e foi chamado de pronto aos 14 minutos para render Matheus Reis. Maxi Araújo recuou para a defesa e o jovem foi colocado no lugar onde dá mais proveito: a frente de ataque. E Rui Borges colheu frutos dessa aposta. Quenda encontrou o buraco na agulha e colocou a bola redondinha para o golo de Gyokeres.
Desilusão
Pepê foi uma autêntica nulidade nesta partida. O internacional brasileiro não tem estado nos seus dias e voltou a repetir uma exibição negativa em Leiria. Acabou por ser o primeiro a abandonar o relvado.
Treinadores
Rui Borges
Cinismo começa a ser uma palavra que assenta a este 'novo Sporting' de Rui Borges e não é um adjetivo depreciativo. Depois de uma primeira parte de equilíbrio e quase sem balizas, os espetadores em Leiria esperavam alguma animação e tiveram-na quando Gyokeres fez o golo. Depois, os leões entraram em modo cínico, baixaram linhas e convidaram o rival a subir no relvado. Foi com um plano mais defensivo que os leões seguraram a vantagem.
Vítor Bruno
Depois de uma primeira parte taco a taco com o Sporting, e algumas ocasiões de perigo, o FC Porto parece ter ficado na cabine no balneário. Os leões marcaram a abrir a segunda parte, o que dava tempo para que os portistas chegassem ao empate. A verdade é que o FC Porto foi incapaz de reagir à desvantagem no marcador.
Arbitragem
António Nobre acabou por ter uma exibição globalmente positiva, pese embora uma ou outra decisão questionável. Ainda assim, não teve influência no resultado final.
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