Análise: A fase inicial trepou para níveis de intensidade muito altos, mas sabíamos que iria acontecer de parte a parte. Tivemos algumas dificuldades em descobrir caminhos que pudessem ferir a organização defensiva do Boavista. A partir do momento que fizemos o primeiro golo, o adversário expôs-se mais, e nós desbloqueámos o momento de pressão, chegando à baliza de diferentes formas. Para além dos quatro golos que marcámos, tivemos uma quantidade assinalável de ocasiões para marcar. Não marcámos, mas estou contente com o rendimento dos jogadores, com aquilo que produziram, pela forma como abordaram o momento defensivo, sempre com compromisso total. Isso redunda numa vitória com a de hoje.
Golaço de Rodrigo Mora: É difícil conter. Eu, às vezes, nem sou tão expansivo e tento segurar-me. Ali, realmente, é daqueles golos que faz muita gente vir aos estádios, e não é só pelo golo. É por aquilo que o menino tem investido. Um menino que já olha para o jogo com um cariz de maturidade elevado. Não é só pelo talento e pelo golo, é por aquilo que trabalha, por aquilo que tem feito no que lhe é pedido.
Fábio Vieira de fora: Tenho de tomar decisões, olhando para o momento de forma dos jogadores e pela forma como olham para o dia a dia. O Fábio tem muito talento, mas o talento tem de estar alicerçado em pressupostos, e, quando há um ou outro que acaba por ruir, torna tudo mais difícil. Tenho um plantel extenso, que oferece garantias, mas, mesmo que não oferecesse, não posso abdicar de determinados princípios que são meus.
Mensagem para Fábio Vieira: Não preciso de passar mensagem nenhuma. O Fábio conhece-me bem, contamos com ele. Para a semana, estará novamente disponível para ir a jogo. Depois, é uma questão de tomar decisões.
Líder antes do dérbi lisboeta: Não torço por nenhum resultado em específico. Atento, sim. Aquilo que queríamos muito era chegar aos 40 pontos, hoje, que era a única condição que nos garantia trepar um ou outro lugar na classificação. Fizemos a nossa parte, continuamos a depender de nós, é isso que nos guia.
Balanço da primeira metade da temporada: A exigência do clube é esta. Já a conheço bem, já estou há alguns ano aqui. Conheço a exigência dos adeptos e gosto que seja assim. É verdade que os adeptos ficaram verdadeiramente frustrados com a eliminação da Taça de Portugal. Eu também, que é uma competição que nos diz muito, e isso deixa qualquer um frustrado, é perfeitamente aceitável. Cabe-nos trabalhas, investir na ideia que estamos a construir para que, no futuro, possamos ganhar mais. É o que nos guia, aqui dentro.
Desejos para 2025: Ter saúde.