"A saúde e a segurança social não podem andar mais de costas voltadas"

O secretário-geral do PS defendeu hoje a necessidade dos setores da Saúde e social trabalharem em conjunto, para melhorarem a qualidade de vida dos mais velhos e reduzirem ou conterem as despesas com cuidados de saúde.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
29/03/2025 20:40 ‧ há 3 dias por Lusa

Política

PS

"Nós temos que mudar completamente o paradigma e a relação entre o setor da saúde e o setor social. A saúde e a segurança social não podem andar mais de costas voltadas", referiu.

 

Na sua intervenção de mais de meia hora, na apresentação pública dos candidatos do PS de Coimbra, que decorreu ao final da tarde, Pedro Nuno Santos evidenciou que a saúde e o setor social "têm de trabalhar em conjunto".

Às centenas de militantes que encheram o Pavilhão Centro de Portugal, o líder socialista aludiu ao facto da esperança média de vida dos portugueses ser agora mais alargada, prevendo-se que, em 2050, cerca de 40% da população tenha mais de 65 anos.

"Isso tem consequências no SNS [Serviço Nacional de Saúde] e na forma com que nós lidamos com a população mais idosa no nosso país. Nós não preparámos devidamente nem o país, nem a saúde, para uma sociedade envelhecida", afirmou.

No seu entender, Portugal está "muito longe de dar dignidade e cuidar de quem construiu o país", indicando a necessidade de se realizar "um trabalho de comunidade de proximidade".

"Os mais velhos, enquanto podem, preferem estar em suas casas, o que é menos despesa para o Estado Social e para o próprio SNS. Nós precisamos de ter equipas comunitárias de proximidade que acompanhem os nossos mais velhos, que acompanhem os doentes crónicos, que acompanhem quem precisa de cuidados de longa duração", destacou.

Segundo Pedro Nuno Santos, esta é também uma forma de diminuir os episódios de agudização de doença e de se recorrer aos hospitais.

"É possível melhorar a qualidade de vida dos nossos mais velhos ao mesmo tempo que nós reduzimos a nossa fatura, ou pelo menos contemos o aumento da despesa com cuidados de saúde. Respeito e dignidade, mas com consequências positivas para a saúde", apontou.

Ao longo da sua intervenção, o secretário-geral do PS deixou ainda o recado para que "não se metam com o sistema público de pensões", que diz ser "altamente apetecível" para o setor privado que gere fundos de pensões.

"Que cada um desconte aquilo que entender do ponto de vista privado. Mas, o sistema público de pensões que nós temos em Portugal, é uma construção virtuosa de solidariedade intergeracional que nós devemos partilhar, manter, preservar e defender", concluiu.

Leia Também: Investigação do MP a obra de Espinho é "caso mais grave" da crise

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