"Foi um resultado que estava em consonância com o que sentia na rua"

Miguel Albuquerque criticou ainda o "discurso demagógico e populista que tem imperado na Europa e também em Portugal".

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© Flickr PSD

Notícias ao Minuto
26/03/2025 23:58 ‧ há 3 dias por Notícias ao Minuto

Política

Miguel Albuquerque

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou que a vitória nas eleições da Madeira, onde ficou a um deputado da uma maioria absoluta, o "surpreendeu e não surpreendeu".

 

"Por um lado, foi um resultado, do meu ponto de vista, que estava em consonância com aquilo que eu sentia na rua, com os cidadãos queriam estabilidade, que estavam fartos e saturados desta bolha, deste radicalismo dos partidos políticos. Têm as suas vidas, têm as suas empresas, os seus trabalhos e querem estabilidade e, sobretudo, querem a linha do rumo que estava a ser seguida de crescimento económico, redução do desemprego [...]", disse Miguel Albuquerque na Grande Entrevista, na RTP, acrescentando que os cidadãos querem um Governo para governar nos próximos quatro anos e que "ao fim, de quatro anos", os cidadãos avaliam e fazem "um juízo de valor sobre a prática governativa".

Depois de em um ano e meio, os madeirenses terem ido às urnas por três vezes, Miguel Albuquerque destacou que, nas eleições regionais, do passado domingo, "houve um aumento da participação eleitoral".

"Essa ideia de minimizar a capacidade analítica e inteligência do cidadão comum é errada. As pessoas sabem o que querem e o que não querem", afirmou. 

Sobre um possível cansaço dos cidadãos, tendo em conta eleições tão próximas, o presidente do Governo Regional da Madeira notou que "as pessoas estavam determinadas em por ordem na casa" e que "numa democracia quem tem de por ordem na casa são os eleitores".

"Estão um pouco saturadas desta conversa populista [...], querem que os decisores políticos se centrem naquilo que é decisivo para o seu futuro e das suas famílias", salientou. 

E acrescenta: "Há aí uma ilusão de pensar que este discurso demagógico e populista,  que tem imperado na Europa e também em Portugal, vai ter uma sequência positiva. Acho que vai acabar mal. Normalmente, o que os populistas querem é criar um deserto para, depois, aparecer um salvador para pôr ordem da casa. Foi isso que aconteceu nos anos 30 com a emergência do autoritarismo e do fascismo e agora o discurso é o mesmo", frisou Miguel Albuquerque.

De recordar que o PSD venceu as eleições regionais da Madeira, no passado domingo, e que, na terça-feira, o partido de Miguel Albuquerque e o CDS/Madeira definiram um acordo pós-eleitoral que assegura a maioria parlamentar na região e inclui a integração do líder dos democratas-cristãos do arquipélago no executivo.

Leia Também: "Pessoas estão fartas de equívocos e de agenda de histeria mediática"

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