"É altura de garantir que estes trabalhadores são ressarcidos e nós não podemos aceitar que o tempo de serviço congelado nos anos da 'troika' continue congelado e que este Governo Regional [PSD] nada tenha feito para descongelar e para garantir uma progressão mais rápida dos trabalhadores da administração pública, como foi feito, por exemplo, com os professores, que conseguiram o descongelamento e a recuperação do seu tempo de serviço", afirmou Roberto Almada.
A candidatura do Bloco, partido que perdeu a representação parlamentar nas eleições de maio do ano passado, também antecipadas, esteve hoje junto de serviços da administração pública regional e local, no Funchal, assinalando que os funcionários públicos foram sujeitos a um programa de austeridade "que lhes roubou salários [...], subsídios de férias e de Natal".
Roberto Almada assegurou que, se o BE eleger deputados, vai apresentar propostas para que "esse tempo de serviço congelado seja recuperado, para que as progressões nas carreiras sejam mais rápidas, para que as pessoas, no fundo, recuperem aquilo que nunca deveriam ter perdido".
Realçando que faltam quatro dias para o dia do sufrágio, o candidato apelou ao voto no partido que, notou, está "praticamente à porta do parlamento", segundo sondagens divulgadas.
"O que nós queremos é pedir às pessoas que não nos deixem à porta do parlamento. (...) Vão no próximo domingo votar no Bloco de Esquerda para garantirmos uma representação parlamentar forte na Assembleia Legislativa, para melhor podermos defender os seus direitos", vincou.
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.
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