Em comunicado, a ASPP refere que esteve reunida com a direção nacional da PSP sobre a suspensão, por dois meses, do pagamento do suplemento especial aos polícias que trabalham na investigação criminal e, tendo em conta a informação obtida, decidiu suspendeu as duas concentrações marcadas para hoje à tarde em frente às instalações dos comandos metropolitanos de Lisboa e Porto.
Segundo a ASPP, foi dada a indicação que em abril "não existirá suspensão" do suplemento especial da investigação criminal.
Em causa estava, de acordo com a ASPP, a falta de pagamento em março do suplemento especial, no valor de 150 euros mensais, aos polícias que trabalham na investigação criminal da PSP, que apenas ficaram a saber da ausência do subsídio pelo recibo do ordenado.
Mais tarde, estes polícias foram informados pelos recursos humanos da PSP de que o pagamento do suplemento iria ter um diferimento de dois meses, ou seja, o subsídio correspondente ao mês de março seria apenas efetuado em maio.
A direção nacional da PSP justificou esta alteração com "uma harmonização" em relação aos outros suplementos, como de turno ou de piquete, que são pagos dois meses depois de serem realizados, e para tornar o seu processamento "mais efetivo", tendo em conta os dias de serviço efetivamente prestados.
O maior sindicato da Polícia de Segurança Pública defende também que os restantes suplementos sejam pagos mensalmente e não dois meses após a prestação do serviço.
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