O Ministério Público (MP) acusou o homem de 63 anos que matou a mulher na via pública, diante dos filhos, em Abrantes, dos crimes de violência doméstica agravado, homicídio qualificado e detenção de arma proibida, por despacho de 14 de janeiro.
O crime ocorreu em julho do ano passado, mas desde setembro de 2021 que “o relacionamento [se pautava] por episódios de violência, com agressões físicas e verbais, e ameaças à vida e integridade física da vítima”, detalhou o MP, em comunicado.
Na altura, a Polícia Judiciária (PJ) deu conta de que o casal estava separado, "por iniciativa da mulher, desde há cerca de 15 dias, na sequência de diversos episódios recentes de conflito e violência entre ambos".
“A 8 de julho de 2024, o arguido abandonou a residência do casal e, no dia 28 de julho de 2024, regressou à zona, munido de uma espingarda caçadeira e aguardou que a vítima saísse de casa. Ao visualizar a vítima no exterior da habitação, empunhou a espingarda caçadeira na sua direção e efetuou um primeiro disparo, atingindo-a no abdómen”, recordou o MP.
A nota apontou que, apesar dos ferimentos, a mulher de 34 anos “colocou-se em fuga, mas acabou por ser intercetada pelo arguido que, na presença dos filhos de ambos, a atingiu com mais dois disparos”.
“A vítima sofreu lesões no abdómen, tórax, cabeça/face e membros superiores e inferiores, tendo ainda sido transportada ao hospital”, onde acabou por morrer.
À data dos factos, os dois filhos do casal tinham nove e 11 anos de idade.
O arguido aguarda os ulteriores termos do processo em prisão preventiva.
A investigação foi dirigida pela primeira secção de Abrantes do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Comarca de Santarém.
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