O bispo Rui Valério, na tradicional mensagem de Natal do patriarca de Lisboa, sublinhou que "o Natal ultrapassa barreiras e divisões e resolve diferenças culturais, raciais, religiosas e, até, linguísticas, num encontro com alguém que é sempre 'alguém', pessoa, não um anónimo, mas que tem rosto, tem história, tem dignidade".
"No tempo inaugural foi num curral e numa manjedoura, materialização de não-aceitação, de repúdio; hoje esses lugares improváveis são as ruínas da guerra, as bermas das estradas, lar de tantos pobres e de sem-abrigo", afirmou Rui Valério, acrescentando que o "Natal é caminho de Paz, porque aproxima todos os homens e mulheres, reunindo-os por um mesmo ideal de humanidade que enxerga na dignidade de cada homem o alicerce dos valores da vida, da justiça, da fraternidade e da liberdade".
Neste contexto, "deve renovar-se a súplica pela paz na Ucrânia, na Terra Santa, lugar onde Jesus nasceu, na República Centro Africana e em tantas outras geografias, onde Jesus quer instaurar o caminho da civilização do amor e do encontro", sublinhou o bispo titular do Patriarcado de Lisboa.
Para o prelado, que esta noite transmitiu a sua mensagem através da RTP, o "Natal é também caminho de Esperança", recordando que "Jesus nasceu no Presépio e não num lugar aconchegante".
"À sua volta não tinha todos os cuidados, nem um berço preparado, nem a assistência básica dos nossos dias, contudo, isso não impediu que no meio de um lugar improvável emergisse a vida", afirmou.
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