Investigadores criam metodologia menos invasiva para detetar cancro

É um trabalho da equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) e do CICECO - Instituto de Materiais de Aveiro.

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Lusa
12/12/2024 16:47 ‧ há 4 horas por Lusa

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Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) e do CICECO - Instituto de Materiais de Aveiro desenvolveu uma metodologia menos invasiva e mais barata para detetar cancro da próstata, informou hoje fonte da academia.

 

Segundo uma nota da UA, a nova metodologia, à base de líquidos iónicos, "permite a extração, purificação e concentração simultâneas de um biomarcador do cancro da próstata (antigénio específico da próstata, PSA) a partir de amostras de urina".

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Atualmente, este biomarcador é utilizado na monitorização deste cancro e outras doenças associadas à próstata, através de amostras de sangue, sendo por isso um método invasivo.

Citada na mesma nota, a investigadora do CICECO Mara Freire realça que a deteção de biomarcadores tumorais em amostras de urina "evita a utilização e recolha de amostras mais invasivas, como é o caso de sangue ou tecidos".

No entanto, a sua identificação e quantificação são dificultadas pelo facto dos biomarcadores existirem em baixas concentrações, um problema que os investigadores conseguiram agora ultrapassar.

"Ao concentrar o biomarcador, esta técnica permite que a posterior quantificação de PSA seja realizada por técnicas analíticas de rotina, mais simples, mais baratas e disponíveis em laboratórios menos sofisticados", refere a mesma nota.

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Mara Freire adianta ainda que esta nova tecnologia "também é capaz de extrair outras formas de PSA da urina, que podem ser adicionalmente quantificadas, abrindo portas para a sua utilização em diagnóstico diferencial do cancro da próstata".

"Por fim, trata-se de uma tecnologia versátil que pode ser customizada por alteração do líquido iónico utilizado, permitindo assim a deteção e quantificação de outros biomarcadores tumorais visando o diagnóstico precoce de outros tipos de cancro", acrescenta a investigadora.

A UA, através da UACOOPERA, obteve a concessão patente nacional, estando ainda em análise o pedido europeu de patente, cujo processo decorre no Instituto Europeu de Patentes.

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