Um elemento da Cruz Vermelha Portuguesa, ao serviço da delegação da Maia, foi agredido, na madrugada de sábado, durante uma intervenção de socorro.
Segundo o relato partilhado pela página de apoio aos bombeiros 'Soldados da Paz', tudo aconteceu por volta das 02h10, numa habitação na Urbanização Nortecoope, no lugar de Gueifães, freguesia Cidade da Maia, depois de o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) ter acionado uma ambulância para assistir um homem, na sequência de uma queda no domicílio.
O socorrista contou que, ao chegar ao local, "foi conduzido a um apartamento onde decorria uma festa com cerca de 10 a 12 pessoas". "A tensão começou quando os presentes questionaram o motivo de a equipa de socorro não ter levado uma maca para o segundo andar do prédio. Para acalmar os ânimos, o socorrista pediu ao colega que descesse até à ambulância para buscar uma cadeira de socorro", lê-se na publicação.
No entanto, "enquanto ajudava a vítima a vestir-se, foi brutalmente agredido por vários indivíduos presentes no local".
"Recebi socos violentos na cara enquanto tentava proteger o corpo. O meu colega também foi ameaçado, mas um dos presentes conseguiu intervir e acalmar os agressores", contou.
Apesar dos ferimentos, "a equipa conseguiu transportar o homem ferido até ao Hospital de São João, onde o próprio socorrista recebeu cuidados médicos, tendo alta apenas ao final da manhã" de sábado.
"Os agressores terão agido por frustração relacionada com o procedimento de socorro, que não incluiu o transporte inicial de uma maca", explica.
"Puxaram-me o casaco para taparem-me a cara antes de começarem as agressões", acrescentou o socorrista.
A equipa diz ter apresentado uma queixa formal na Polícia de Segurança Pública (PSP). O Notícias ao Minuto entrou em contacto com a força de segurança para obter mais informações sobre o caso, mas ainda não obteve resposta.
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