BES Angola. Sobrinho e Salgado julgados a partir de abril de 2025

O ex-presidente do BES e o ex-banqueiro angolano começam a ser julgados a partir de 29 de abril do próximo ano.

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© Álvaro Isidoro / Global Imagens

Notícias ao Minuto com Lusa
26/11/2024 20:18 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

País

BES

O ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, e o ex-banqueiro angolano Álvaro Sobrinho começam a ser julgados a partir de 29 de abril do próximo ano, no âmbito do processo BES Angola, segundo informação avançada pela SIC Notícias.

 

Álvaro Sobrinho está acusado de 18 crimes de abuso de confiança e cinco de branqueamento e a Ricardo Salgado foram imputados cinco crimes de abuso de confiança e um de burla.

O ex-banqueiro angolano é suspeito de se ter apropriado indevidamente de centenas de milhões de euros, num caso cujos factos terão ocorrido entre 2007 e julho de 2014.

Relembre-se que Álvaro Sobrinho já não tem nacionalidade portuguesa e Angola não tem obrigação de extraditar o empresário para Portugal, mesmo que a justiça lusa ordene. Apesar disso, o ex-banqueiro angolano garantiu que virá a Portugal para o julgamento do caso BES caso seja notificado.

A acusação do processo BESA foi conhecida em julho de 2022 e respeita à concessão de financiamento pelo BES ao BESA, em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário. Por força desta atividade criminosa, a 31 de julho de 2014, o BES encontrava-se exposto ao BESA no montante de perto de 4,8 mil milhões de euros.

As vantagens decorrentes da prática dos crimes indiciados, neste inquérito, contabilizam-se nos montantes globais de 5.048.178.856,09 euros e de 210.263.978,84 dólares norte-americanos, de acordo com a acusação.

Segundo o DCIAP, além "das quantias movimentadas indevidamente a débito das contas do BESA domiciliadas no BES, em Lisboa, para crédito de contas de estruturas societárias que funcionaram em seu benefício pessoal, também em diversas ocasiões Álvaro Sobrinho utilizou a liquidez disponibilizada naquelas duas contas bancárias para fazer face ao pagamento de despesas na aquisição de bens e no financiamento direto da atividade de outras sociedades por si detidas".

[Notícia atualizada às 20h29]

Leia Também: Álvaro Sobrinho diz que virá a Portugal se for notificado: "Nunca faltei"

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