O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou, esta quinta-feira, defender qualquer nova legislação sobre armas, depois de um estudante ter levado a cabo um tiroteio na Universidade da Flórida, que fez dois mortos e cinco feridos.
A partir da Sala Oval, Trump disse que tinha sido informado sobre o tiroteio, afirmando que é uma "pena" que tenha acontecido, mas que não vai defender qualquer nova legislação.
"A arma não dispara, as pessoas é que disparam", acrescentou.
O presidente norte-americano disse que é um "grande defensor" da Segunda Emenda e do direito do porte de armas.
"Tenho a obrigação de proteger a Segunda Emenda", acrescentou, sublinhando que é "horrível que coisas como esta aconteçam".
De realçar que o atirador, que foi baleado pela polícia (elevando para seis o total de feridos), tem 20 anos, é estudante daquela universidade e usou uma arma pessoal da mãe, agente no Gabinete do Xerife do Condado de Leon, no tiroteio.
Ambulâncias, camiões de bombeiros e veículos de patrulha de várias agências de aplicação da lei correram para o campus que fica a oeste da capital do estado da Flórida, depois de a universidade ter emitido um alerta de atirador ativo ao meio-dia de quinta-feira, dizendo que a polícia estava a responder perto da união de estudantes. Um alerta emitido pedia que as pessoas se resguardem e se mantenham "afastados de todas as portas e janelas e estejam preparados para tomar medidas de proteção adicionais".
O sistema de alerta da universidade anunciou, cerca de três horas após o tiroteio, que as forças policiais tinham "neutralizado a ameaça".
As autoridades pediram aos estudantes e professores que evitassem a associação de estudantes e outras áreas ainda consideradas como locais de crime.
Estudantes e pais esconderam-se numa pista de 'bowling' e num elevador de carga dentro da associação de estudantes depois de ouvirem tiros no exterior do edifício.
A Universidade da Flórida é uma das 12 universidades públicas da Flúrida, com o seu campus principal localizado em Tallahassee, onde ocorreu o tiroteio, a poucos minutos do edifício do Capitólio do Estado.
Cerca de 44.300 alunos estão matriculados na universidade, de acordo com a ficha informativa da escola para 2024.
Em 2014, a biblioteca principal da universidade foi palco de um tiroteio que feriu três pessoas, com os agentes a dispararem e a matarem o atirador, Myron May, de 31 anos.
Leia Também: Tiroteio em universidade da Flórida faz dois mortos. Suspeito detido