Níger reforça presença perto do Burkina Faso face à ameaça terrorista

O exército do Níger reforçou a sua presença no sudoeste do país, perto do Burkina Faso, para "conter a ameaça terrorista" que tem provocado deslocações da população, declarou esta quinta-feira uma fonte de segurança.

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© REUTERS/Afolabi Sotunde/File Photo

Lusa
17/04/2025 17:32 ‧ há 2 dias por Lusa

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Níger

"A zona de Torodi foi palco de vários incidentes de segurança nos últimos dias", segundo o mais recente boletim de operações do exército no seu 'website'.

 

Em 06 de abril, um "grupo criminoso armado" atacou um distrito e uma esquadra de polícia na cidade de Makalondi, de acordo com o exército, mas "não causou vítimas". Também foram atacados miniautocarros em 02 de abril.

Para "tranquilizar a população", o exército declarou ter "reforçado imediatamente a sua presença" e "o seu dispositivo de segurança" na zona, o que permitiu o "regresso progressivo das populações deslocadas".

Em 14 de abril, um destacamento militar foi alvo de um ataque numa estrada principal da região, no qual seis membros do grupo armado foram mortos.

Localizada a 100 quilómetros de Niamey, capital do Níger, no departamento de Torodi, Makalondi é a última cidade antes do Burkina Faso e tem sido alvo de ataques de extremistas islâmicos desde 2018, apesar do destacamento maciço de forças e do estado de emergência em vigor.

Dirigido por uma junta militar desde um golpe de Estado em julho de 2023, o Níger é atormentado pela insegurança e por ataques recorrentes de grupos armados, alguns dos quais ligados à Al-Qaida ou ao Estado Islâmico.

A 03 de abril, o exército também afirmou ter detido entre Niamey e Torodi "um membro influente do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos [GSIM, na sigla em francês]", que tem ligações à Al-Qaida.

O Mali e o Burkina Faso, dois dos países vizinhos do Níger, todos governados por militares, também foram alvo de ataques recorrentes de grupos extremistas ao longo da última década.

Os três países são membros da Aliança dos Estados do Sahel (AES) e criaram uma força unificada para combater estes grupos na sua área, sem litoral, de 2,8 milhões de quilómetros quadrados.

"Os nossos povos esperam resultados (...), temos o dever histórico de responder a esta aspiração legítima (...) e a criação desta força unificada deve ser a manifestação da nossa recusa categórica em depender de apoio externo", declarou o general Moussa Diallo, chefe do Estado-Maior do Burkina Faso, numa reunião realizada no início da semana em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, com os homólogos do Mali e do Níger.

Leia Também: Quase 50 mortos em nova onda de violência na Nigéria

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