Agências da ONU pedem ação face a "total desrespeito pela vida humana" em Gaza

Os líderes de seis agências da ONU apelaram hoje aos governantes mundiais para "agirem com firmeza, urgência e de forma decisiva" face ao "total desrespeito pela vida humana" observado na guerra em curso na Faixa de Gaza.

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© Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

Lusa
07/04/2025 19:00 ‧ há 4 horas por Lusa

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Numa declaração conjunta, os líderes das seis agências frisaram que há mais de um mês que nenhum abastecimento comercial ou humanitário entra no enclave palestiniano e, em consequência, mais de 2,1 milhões de pessoas estão "encurraladas", enquanto estão a ser bombardeadas e sujeitas à fome novamente. 

 

"Enquanto isso, nos pontos de travessia, alimentos, remédios, combustível e materiais de abrigo estão a acumular-se e equipamentos vitais estão presos", salientou a nota.

A declaração é assinada pelo coordenador de Assistência Humanitária da ONU (OCHA), Tom Fletcher; pela diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Catherine Russell; pelo diretor executivo do Escritório da ONU de Serviços para Projetos (UNOPS), Jorge Moreira da Silva; pelo comissário-geral da Agência de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Philippe Lazzarini; pela diretora executiva do Programa Alimentar Mundial (PAM), Cindy McCain; e pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.

Na nota conjunta, os representantes apontam que mais de 1.000 crianças foram mortas ou feridas por ataques israelitas apenas na primeira semana após a rutura do cessar-fogo, representando o "maior número de mortes numa semana entre crianças em Gaza" nos últimos 12 meses.

"Estamos a testemunhar atos de guerra em Gaza que mostram um total desrespeito pela vida humana", denunciaram.

"Novas ordens israelitas de deslocamento forçaram centenas de milhares de palestinianos a fugir mais uma vez, sem um lugar seguro para ir. Ninguém está seguro", insistiram, recordando que pelo menos 408 trabalhadores humanitários foram mortos desde outubro de 2023, quando a guerra começou.

"Com o bloqueio israelita reforçado em Gaza agora no seu segundo mês", os representantes da ONU apelaram aos líderes mundiais "para agirem - com firmeza, urgência e de forma decisiva - para garantir que os princípios básicos do direito internacional humanitário sejam mantidos".

"Protejam os civis. Facilitem a ajuda. Libertem os reféns. Renovem um cessar-fogo", instaram ainda.

As autoridades de Gaza elevaram para mais de 50.700 o número de palestinianos mortos na guerra que Israel trava no enclave palestiniano contra o Hamas, iniciada horas depois do ataque de dimensões sem precedentes cometido pelo grupo extremista palestiniano em território israelita a 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 sequestrados.

Cerca de 1.400 mortes ocorreram desde 18 de março, quando o exército israelita quebrou o cessar-fogo alcançado em janeiro com o Hamas e retomou os bombardeamentos e a ofensiva terrestre. 

Leia Também: Israel pede investigação mais aprofundada à morte de socorristas em Gaza

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