No domingo, a televisão pública ZDF noticiou o possível envolvimento da Rússia, em particular no ataque com faca em Mannheim, em maio de 2024, pouco antes das eleições europeias.
O porta-voz governamental afirmou, em conferência de imprensa e sem avançar pormenores, estarem em curso verificações e as pistas "estão a ser levadas muito a sério".
Segundo a ZDF, foram realizadas pesquisas suspeitas na Internet a partir da Rússia antes do ataque, que foi atribuído a um afegão, de 26 anos, com alegada simpatia por extremistas islâmicos.
O agressor esfaqueou manifestantes de um movimento anti-islâmico, matando um polícia que interveio. Cinco pessoas ficaram feridas.
Foram também levantadas suspeitas sobre o incêndio num centro de carga aérea da DHL no aeroporto de Leipzig (leste), em julho, algumas semanas antes de uma eleição regional na região.
As autoridades estão a "verificar cuidadosamente" se vários ataques foram "ordenados ou financiados", acrescentou o porta-voz, referindo que com as atuais informações "não há indicações claras".
De acordo com fontes de segurança citadas pelo grupo de 'media' Funke, é "impossível, devido aos algoritmos, determinar com certeza quando foi efetuada a investigação sobre o ataque de Mannheim".
O aumento de ataques antes de eleições, em particular antes das legislativas de 23 de fevereiro, foi, no entanto, "muito surpreendente", notou o deputado social-democrata Dirk Wiese, no Funke.
"O envolvimento russo não está excluído. As pesquisas suspeitas a partir da Rússia e os vestígios digitais russos antes dos ataques podem ser uma indicação", insistiu.
Vários atentados, nomeadamente homicídios, na maioria das vezes cometidos por estrangeiros, chocaram a opinião pública alemã e trouxeram as questões da imigração e da insegurança para o primeiro plano da campanha eleitoral.
O partido conservador CDU/CSU venceu as legislativas, também marcadas pelo resultado historicamente elevado do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
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