Rússia apela a EUA e Irão para usarem diplomacia em vez de ameaças

A Rússia apelou hoje ao Irão e aos Estados Unidos para que resolvam a questão nuclear iraniana pela via diplomática e que mostrem contenção após as ameaças do Presidente norte-americano, Donald Trump, contra Teerão.

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© GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
04/04/2025 12:06 ‧ há 6 dias por Lusa

Mundo

Nuclear

"Todas as partes devem mostrar absoluta contenção e concentrar-se precisamente nos esforços diplomáticos", disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

 

"O problema da questão nuclear iraniana deve ser discutido e resolvido exclusivamente por meios políticos e diplomáticos", acrescentou.

Peskov disse também que a Rússia e o Irão são aliados, com relações bilaterais desenvolvidas e multifacetadas.

O Irão é um parceiro importante da Rússia e, segundo o Ocidente, forneceu-lhe 'drones' e mísseis para o esforço militar na Ucrânia.

O Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse no domingo que Teerão rejeitou negociações diretas com os Estados Unidos sobre o programa nuclear, em resposta a uma carta que Trump enviou ao líder supremo do país, 'ayatolah' Ali Khamenei.

Pezeshkian disse que a resposta do Irão, dada através do sultanato de Omã, deixava em aberto a possibilidade de negociações indiretas com Washington, segundo a agência norte-americana Associated Press (AP).

Trump afirmou na quinta-feira que preferia realizar "negociações diretas" com o Irão, mas também brandiu a ameaça de bombardeamento e intervenção militar.

O Presidente norte-americano advertira no final de março que "coisas muito más" iriam acontecer ao Irão, se não concordasse em sentar-se e negociar com Washington.

Khamenei afirmou, sem mencionar a ameaça de Trump, que o Irão iria retaliar com força se fosse atacado por causa do programa nuclear.

A resposta direta a Trump foi dada pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, que considerou a ameaça como "uma afronta chocante à própria essência da paz e segurança internacionais".

Durante o primeiro mandato (2017-2021), Trump retirou os Estados Unidos de um acordo nuclear com o Irão em 2018, três anos depois de ter sido pela administração Barack Obama (2009-2017).

O acordo envolvia também China, França, Rússia, Reino Unido e Alemanha.

O pacto limitava o programa nuclear do Irão em troca do levantamento das sanções económicas.

Com a saída do acordo, Trump restabeleceu as sanções contra a República Islâmica.

O Irão e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas desde 1980, mas trocam informações indiretamente através da embaixada suíça em Teerão, que representa os interesses norte-americanos.

Leia Também: EUA vão vender autorizações de residência por cinco milhões de dólares

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