"Uma reunião muito importante terá lugar no sábado. Pela primeira vez em muito tempo, haverá conversações diretas (...) Esperamos que levem à paz", disse o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, numa reunião na Casa Branca dirigida pelo Presidente Donald Trump.
O chefe da diplomacia norte-americana salientou que Trump "deixou muito claro que o Irão nunca terá uma arma nuclear" e sugeriu que esta determinação levou Teerão a concordar com as negociações.
Os Estados Unidos e o Irão, que não têm relações diplomáticas, vão realizar conversações em Omã no sábado para negociar o programa nuclear iraniano.
As negociações serão diretas, de acordo com o Presidente norte-americano, enquanto Teerão insiste que vão decorrer indiretamente através de mediadores.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, chefia a delegação do país nas negociações e os Estados Unidos serão representados pelo enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff.
Donald Trump, que regressou ao poder em janeiro último e defende uma política de "pressão máxima" sobre a República Islâmica, apelou para negociações com o Irão sobre o programa nuclear e ameaçou bombardear o país se não for alcançado um acordo.
Durante o primeiro mandato (2017-2021), o líder da Casa Branca retirou os Estados Unidos de um acordo de 2015 entre o Irão e outras potências, que estabeleceu limites rigorosos às atividades nucleares de Teerão em troca do alívio das sanções internacionais.
Desde então, o Irão enriqueceu urânio muito além dos limites permitidos pelo extinto acordo e conta agora com 274 quilogramas com 60% de pureza, próximo dos 90% de grau militar, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
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