"Sob o pretexto de 'reabilitação' e 'recuperação', a Federação Russa continua a deportar crianças ucranianas", afirmou, nas redes sociais, o Centro Nacional de Resistência (CNR) ucraniano, um departamento criado após o início da guerra que trabalha sob o comando das Forças Armadas.
Segundo as autoridades ucranianas, os menores são das cidades de Rubizhne, Kremina, Lisichansk e Satove, todas localizadas na região de Lugansk e sob ocupação russa no âmbito da guerra, iniciada no final de fevereiro de 2022.
"Os ocupantes prometem um 'ambiente caseiro' e 'exames' [médicos], mas na realidade isto faz parte de um genocídio híbrido. As crianças estão isoladas da Ucrânia, da sua língua, da sua cultura e da verdade", referiu o CNR.
Segundo dados oficiais compilados por esta organização, mais de 1.200 menores de territórios temporariamente ocupados foram submetidos a "processos de reabilitação", práticas "violentas" que reúnem "todas as características de um crime de guerra".
As autoridades ucranianas têm denunciado repetidamente a deportação forçada de menores ucranianos para o interior da Rússia, uma prática pela qual o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, em março de 2023, mandados de detenção contra o presidente russo, Vladimir Putin, e a comissária presidencial para os Direitos da Criança, Maria Lvova Belova.
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