"Fizemos tudo". Grávida morre após ser resgatada dos escombros em Myanmar

Uma sala de operações improvisada tinha sido preparada num anexo para a estabilizar, mas as manobras de reanimação não surtiram efeito.

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© SAI AUNG MAIN/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
30/03/2025 17:55 ‧ há 2 dias por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Sismo

Uma mulher grávida de 35 anos, que passou dois dias presa nos escombros de um bloco de apartamentos em Mandalay, Myanmar, morreu pouco depois de ter sido resgatada.

 

"Tentámos tudo para a salvar”, lamentou um dos elementos da equipa médica, citado pela AFP.

O mesmo meio adiantou que Mathu Thu Lwin perdeu demasiado sangue, na sequência da amputação de uma perna.

A jovem estava presa nos escombros do Condomínio Sky Villa, um dos vários edifícios que ficou destruído no terramoto de magnitude 7,7 que assolou a região, na sexta-feira, e que já vitimou pelo menos 1.700 pessoas.

Os socorristas fizeram uso de um berbequim, de uma serra elétrica e de serras rotativas para penetrar no betão e retirar Mathu Thu Lwin, que foi resgatada pouco depois das 20h00 (hora local).

Uma sala de operações improvisada tinha sido preparada num anexo para a estabilizar, mas as manobras de reanimação não surtiram efeito.

Até ao momento, o número de mortos situa-se nos 1.700, havendo ainda registo de 3.400 feridos e 300 desaparecidos, de acordo com os canais de Telegram pró-junta militar, que citam os governantes da antiga Birmânia.

Saliente-se que uma réplica de magnitude 5,1 na escala de Richter abalou Mandalay, no centro de Myanmar, este domingo.

O terramoto de sexta-feira desencadeou uma série de réplicas desde então, a mais forte dos quais ocorreu minutos após o primeiro abalo, de magnitude 6,7 na escala de Richter.

Centenas de socorristas de vários países começaram hoje a procurar sobreviventes nas regiões mais afetadas pelo sismo de sexta-feira em Myanmar.

O canal de televisão oficial MRTV, que pertence à junta militar birmanesa - no poder desde o golpe de Estado em fevereiro de 2021 -, noticiou que bombeiros, técnicos e socorristas da Rússia, China, Índia, Singapura, Tailândia e Hong Kong estão já a trabalhar no salvamento e resgate no país.

As Nações Unidas e os grupos humanitários, que alertaram para a grave escassez de material médico, começaram a mobilizar equipas cirúrgicas móveis e hospitais de campanha para prestar cuidados médicos às vítimas.

A junta militar birmanesa fez um apelo invulgar por ajuda internacional na sexta-feira, mas ainda não é claro como planeia aplicar os fundos em territórios afetados pelo sismo que não estão sob o seu controlo.

Grupos da oposição relataram que os militares bombardearam no sábado a região de Sagaing, epicentro do sismo, e Naung Cho, em Shan.

O Fundo de Assistência de Emergência das Nações Unidas (CERF, na sigla em inglês) atribuiu cinco milhões de dólares em ajuda, seguido pelo Escritório de Serviços de Projetos da ONU (UNOPS), que acrescentou 10 milhões de dólares para aliviar o impacto do terramoto.

Leia Também: Reino Unido envia 12 milhões de ajuda humanitária à população de Myanmar

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