"Acreditem que não vão existir bases militares de qualquer potência. O Tratado de Neutralidade é para respeitar. O único país com direito a ter presença militar no Panamá ou bases de segurança militar no Panamá é a nossa República", disse, durante a sua conferência de imprensa semanal.
Mulino desmentiu assim a existência de uma carta do governo dos EUA em que se colocavam opções para administrar o canal ou estabelecer bases militares no país, como noticiou a imprensa local.
"Não sei de onde tiram essas coisas. Não há qualquer carta de nenhuma índole nem petição relacionada como semelhante propósito", garantiu.
No Panamá, que aboliu o Exército em 1990, depois da invasão dos EUA em dezembro de 1989, não existem bases militares norte-americanas, devido aos Tratados Torrijos-Carter de 1977, entre os quais está o de Neutralidade, vigente desde 01 de outubro de 1979.
Os Tratados estabeleceram a transferência do canal para o Panamá, em 31 de dezembro de 1999, que os EUA construíram no século passado e geriram durante mais de 80 anos.
O Panamá alargou a via, com um investimento de 5,500 mil milhões de dólares, que entrou em funcionamento em 2016, aumentando as receitas e o valor estratégico da infraestrutura.
A segurança do Estado panamiano está nas mãos de polícias especializadas no aero naval e fronteiras e da Polícia Nacional. A este respeito, Panamá e EUA têm uma cooperação ativa, que inclui formação e donativo de equipamentos.
O Pentágono negou, no dia 14, que vá mudar a sua presença militar no Panamá, mas especificou que esta a realizar com o país diversas manobras militares conjuntas, o que está contemplado nos tratados bilaterais.
A negação do Departamento de Defesa surgiu depois de a estação televisiva NBC News ter avançado que Trump tinha pedido planos para a recuperação do controlo do canal, entre os quais o envio de tropas, em coordenação com os dirigentes do Panamá, e o cenário mais drástico do uso da força.
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