A Rússia lançou 117 'drones' contra a Ucrânia durante a noite, que causaram danos nas regiões de Sumi (nordeste), Dnipropetrovsk, Kirovohrad e Cherkasy (centro), segundo a força aérea ucraniana.
"O lançamento de ataques desta dimensão após negociações de cessar-fogo é um sinal claro para todo o mundo de que Moscovo não vai trabalhar para uma paz verdadeira", escreveu Zelensky nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.
O ataque russo e a denúncia ucraniana surgem um dia depois de os Estados Unidos terem anunciado um acordo para a Rússia e a Ucrânia cessarem hostilidades no Mar Negro.
Segundo Washington, os dois países concordaram em "garantir a segurança da navegação, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares no Mar Negro".
A Rússia anunciou, no entanto, que a trégua do Mar Negro só entrará em vigor quando forem levantadas as restrições ocidentais ao comércio de cereais e fertilizantes russos.
Zelensky disse que os 'drones' russos lançados durante a noite são "117 provas de como a Rússia continua a arrastar" a guerra que iniciou em fevereiro de 2022, com a invasão da Ucrânia.
As autoridades ucranianas disseram que abateram um número significativo de 'drones', mas "casas, lojas e infraestruturas civis foram danificadas" na região de Sumi e uma empresa foi atingida em Kryvyi Rig (centro).
Zelensky apelou também aos aliados da Ucrânia para que pressionem o presidente russo, Vladimir Putin, a pôr fim aos ataques.
Pediu em particular "mais sanções dos Estados Unidos", cujo presidente, Donald Trump, empreendeu, no entanto, uma aproximação diplomática a Moscovo.
O porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, afirmou hoje que a Rússia está satisfeita com o diálogo com os Estados Unidos, que disse decorrer de "forma pragmática e construtiva", e com resultados.
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