MNE israelita nega falta de produtos básicos em Gaza

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, garantiu hoje não haver falta de produtos de primeira necessidade em Gaza, depois da entrada de camiões de apoio no enclave palestiniano.

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© MARTIN BERTRAND/Hans Lucas/AFP via Getty Images

Lusa
13/03/2025 18:47 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Não há falta de produtos básicos em Gaza", depois de "25.000 camiões de ajuda humanitária terem entrado no enclave durante os 42 dias da primeira fase do cessar-fogo", afirmou o governante, que também confirmou negociações para a segunda fase das tréguas, mas sem antecipar conclusões.

 

"O esforço [nas negociações em Doha] está em curso e ninguém pode prever nem a data [da sua conclusão] nem o resultado", declarou o chefe da diplomacia israelita numa conferência de imprensa em Atenas, ao lado do seu homólogo grego, Yorgos Yerapetritis, e do homólogo cipriota, Konstantinos Kompos.

Desde o passado dia 02, os camiões que transportam alimentos, medicamentos e combustível deixaram de entrar em Gaza por ordem do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter recusado prolongar a primeira fase do acordo de cessar-fogo, que terminou a 01 de março.

"Israel aceitou a proposta do enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, de prolongar o cessar-fogo com a exigência de que os reféns fossem libertados, mas o Hamas recusou", afirmou o israelita.

Saar sublinhou que Israel "não aceitará nada que não seja a desmilitarização completa da Faixa de Gaza e o regresso de todos os reféns".

Para o Hamas, Israel tem tentado evitar abordar o fim da guerra com a retirada das suas tropas, algo que está contemplado na segunda fase do acordo assinado pelas duas partes em janeiro, em Doha, Qatar.

Para o grupo palestiniano, Israel está a utilizar a ajuda como "chantagem política" que, adverte, "não quebrará a vontade do povo [palestiniano], que continuará a lutar até conseguir os seus direitos legítimos", segundo um comunicado divulgado na terça-feira.

O Hamas adverte que haverá fome no enclave se o bloqueio israelita persistir.

Saar disse hoje, a partir de Atenas, que "50% do orçamento do Hamas" provém desta "chamada ajuda humanitária" que o grupo "utiliza para recrutar novos terroristas e recuperar a sua força", pelo que "têm de mudar algumas coisas" relativamente à gestão destes fornecimentos.

A atual ronda de conversações entre as duas partes, mediada pelo Egito e pelo Qatar, teve início na terça-feira em Doha, depois de uma delegação israelita ter chegado à capital do Qatar um dia antes.

Na reunião trilateral realizada hoje em Atenas entre Israel, Chipre e Grécia, os chefes da diplomacia destes três países concordaram em reforçar a sua cooperação com o objetivo de garantir a estabilidade no Mediterrâneo Oriental e no Médio Oriente.

As tréguas em Gaza preveem três fases depois de mais de 15 meses de conflito que se iniciou com um ataque do Hamas a 07 de outubro de 2025 e que provocou 1.200 mortos e cerca de 250 reféns, segundo Telavive.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que matou mais de 48 mil pessoas, segundo as autoridades locais.

Leia Também: Israel diz que há "milhares" de agentes do Hamas e da Jihad na Síria

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