"Opomo-nos à deslocação forçada dos residentes da Faixa de Gaza. A China espera que todas as partes aceitem o cessar-fogo e regressem a uma solução política de dois Estados", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de imprensa.
Trump disse na terça-feira que os palestinianos não têm outra escolha senão deixar a Faixa de Gaza porque o local é inabitável, e insistiu que quer que a Jordânia e o Egito os acolham.
O porta-voz chinês acrescentou que as partes envolvidas devem "colocar a questão palestiniana no caminho certo".
"Isso significa um acordo baseado na 'solução de dois Estados' que visa uma paz duradoura no Médio Oriente", advertiu.
Pequim tem afirmado repetidamente que a Palestina deve ser "plenamente" reconhecida como um Estado nas Nações Unidas e que insistirá na solução de dois Estados para garantir a "coexistência pacífica" entre israelitas e palestinianos.
A China também manifestou o seu apoio à "causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos e interesses legítimos", e os seus funcionários realizaram várias reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as conversações de paz.
Trump afirmou que no enclave palestiniano "tudo está demolido" e que os habitantes de Gaza "ficariam felizes" por sair, se tivessem a oportunidade de o fazer num "local agradável com fronteiras agradáveis".
Desde 1967, Israel construiu cerca de 160 colonatos ilegais que albergam mais de 700.000 judeus na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental. O Estado israelita também reivindica a soberania de toda a cidade de Jerusalém, cujo lado oriental foi capturado na guerra de 1967, ocupado militarmente e anexado unilateralmente em 1980.
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