"Acredito que a [política de] pressão máxima é uma experiência falhada e tentá-la novamente será um fracasso ainda maior", afirmou Abbas Araghchi aos jornalistas após uma reunião de gabinete em Teerão.
O presidente Donald Trump assinou um memorando na terça-feira a pedir ao seu Governo que prepare sanções contra o Irão, como fez durante o seu primeiro mandato (2017-2021).
Trump declarou que está a adotar uma política de "pressão máxima" contra o Irão, particularmente contra o seu programa nuclear.
"Se a questão principal é [para Washington garantir] que o Irão não está a desenvolver armas nucleares, isso é viável e não é assim tão complicado", acrescentou Araghchi.
Estas palavras, que aparentemente são uma tentativa de aproximação, são as mais fortes dirigidas indiretamente aos Estados Unidos.
Nas últimas semanas, o Irão tem aumentado os seus sinais de abertura em relação aos países ocidentais, particularmente aos Estados Unidos, demonstrando o desejo de concluir um acordo sobre o seu programa nuclear.
Os Estados Unidos de Donald Trump retiraram-se em 2018 do acordo internacional sobre a energia nuclear iraniana, concluído três anos antes em Viena e que oferecia a Teerão uma redução das sanções em troca de uma limitação das suas ambições nucleares.
Após a retirada unilateral de Washington, o Irão voltou atrás nos seus compromissos. Todas as tentativas de reativar o acordo falharam nos últimos anos.
As autoridades iranianas realizaram conversações em meados de janeiro em Genebra, na Suíça, com representantes alemães, britânicos e franceses, que todos os lados descreveram como "francas e construtivas".
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