Suspensão de ajuda internacional dos EUA sem impacto em Timor-Leste

O presidente timorense, José Ramos-Horta, afirmou hoje não estar preocupado com a decisão dos Estados Unidos de suspender a agência para o desenvolvimento internacional (USAID), reconhecendo que pode ter impacto a nível global, mas será mínimo em Timor-Leste.

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Lusa
05/02/2025 10:55 ‧ há 3 horas por Lusa

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Timor-Leste

"Não estou preocupado com isso. Se eles quiserem encerrar, então que encerrem. Timor-Leste procurará outras parcerias", afirmou José Ramos-Horta aos jornalistas no aeroporto internacional Nicolau Lobato, após regressar de uma visita aos Emirados Árabes Unidos.

 

O chefe de Estado considera que aquela é uma decisão soberana dos Estados Unidos e que lhes cabe avaliar e decidir os seus próprios gastos.

"Eles decidem onde querem investir e onde não querem. Se decidirem encerrar, podem encerrar", disse o também prémio Nobel da Paz.

"Também nós podemos fazer a nossa avaliação e decidir que parcerias queremos manter ou procurar novas parcerias que nos interessem. Por isso, não estou preocupado com esta questão", sublinhou o presidente timorense.

Em 2023, Timor-Leste recebeu 43,688 milhões de dólares (cerca de 42 milhões de euros) de ajuda da USAID. 

Segundo Ramos-Horta, esta decisão não terá impacto em Timor-Leste, uma vez que o país tem o seu próprio orçamento e não depende da ajuda externa.

"O Orçamento Geral do Estado é 100% nosso. É este orçamento que garante o desenvolvimento, os salários, a saúde, a educação e as infraestruturas. Não é a ajuda externa", explicou.

O presidente destacou ainda que grande parte da ajuda internacional é gasta em estudos e consultorias, com o dinheiro a ser pago diretamente aos seus próprios especialistas, e apenas uma pequena parte a chegar efetivamente ao desenvolvimento.

"A nível global, esta decisão pode ter impacto, mas em Timor-Leste o impacto será mínimo. Pode afetar algumas agências que recebem financiamento para áreas como os direitos humanos, as eleições e o combate à corrupção, mas para o Estado e o Governo, enquanto presidente, não estou preocupado", concluiu Ramos-Horta.

Nos primeiros dias do seu segundo mandato, o presidente norte-americano, Donald Trump, suspendeu toda a ajuda internacional durante 90 dias, com exceção dos programas humanitários alimentares e da ajuda militar a Israel e ao Egito.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, será o novo diretor interino da USAID, que acusou de estar "completamente desprovida de capacidade de resposta", criticando a "insubordinação" naquele organismo.

A USAID -- cuja página eletrónica na internet desapareceu no sábado sem explicação - tem sido uma das agências federais mais visadas pela nova administração.

Leia Também: OLP rejeita plano de Trump para expulsar palestinianos de Gaza

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