"Na política externa, seguimos três princípios fundamentais que são dignidade, sabedoria e interesse", disse a porta-voz do governo, Fatemeh Mohajerani, aos jornalistas em resposta a uma pergunta sobre os comentários de Trump.
O porta-voz disse que "o princípio do interesse próprio está relacionado com a identificação e escolha correta de estratégias alinhadas aos interesses nacionais do país".
Trump assinou na terça-feira um memorando que restabelece a chamada "política de pressão máxima" sobre o Irão, algo que já tinha aplicado durante o seu primeiro mandato, com o objetivo de impedir que o país persa adquira uma arma nuclear e de forma a limitar as exportações de petróleo.
O presidente dos Estados Unidos disse estar a assinar o documento porque "todo mundo quer" e garantiu esperar não ter de o usar.
Trump indicou que está disposto a negociar com Teerão e até mesmo conversar com o presidente iraniano, Masud Pezeshkian.
Mohajerani não comentou a afirmação de Trump sobre a existência de um plano iraniano para o assassinar.
O Departamento de Justiça anunciou em novembro que tinha frustrado uma conspiração iraniana para assassinar Donald Trump antes da eleição presidencial, algo que Teerão negou repetidamente.
O republicano impôs a chamada "política de pressão máxima" contra Teerão durante o seu primeiro mandato (2017-2020) e abandonou o pacto nuclear de 2015 que limitava o programa nuclear do país em troca do levantamento das sanções.
Desde a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear, o Irão enriqueceu urânio muito além do nível permitido e agora possui 182,3 quilos enriquecidos com 60% de pureza, perto de 90% para uso militar, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
As relações entre o Irão e os Estados Unidos, que têm sido muito tensas nas últimas décadas, passam atualmente por um dos seus piores momentos após a eclosão da guerra entre Israel, que tem Washington como principal aliado, e o Hamas e o Hezbollah, dois dos grupos islâmicos apoiados pelo Irão.
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