Críticas de Trump sobre defesa devem ser "repto positivo" para UE

O primeiro-ministro da Polónia pediu esta quarta-feira aos outros países da União Europeia (UE) para interpretarem as palavras do Presidente norte-americano, Donald Trump, como um "repto positivo", considerando que mais investimento em defesa será em benefício de todos.

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© Mateusz Wlodarczyk/NurPhoto via Getty Images

Lusa
22/01/2025 12:59 ‧ há 3 horas por Lusa

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Estados Unidos

Dirigindo-se aos eurodeputados, num debate no Parlamento Europeu no âmbito da presidência polaca do Conselho da UE, Donald Tusk criticou aqueles que pensam "que é extravagante" equacionar investir mais de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa, considerando que o bloco comunitário não pode "dar-se ao luxo de poupar na segurança".

 

Perante a assembleia europeia em Estrasburgo (França), Tusk deu o exemplo da Polónia, que "está quase a investir 5% [do PIB] na segurança", acrescentando que Varsóvia não está a investir "unicamente na sua, mas na segurança de toda" a UE.

Durante a intervenção dedicada às prioridades da presidência semestral do Conselho da UE, Donald Tusk abordou as críticas feitas pelo recém-empossado Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, sobre a falta de investimento em defesa da generalidade dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

"Acho que devíamos interpretar as palavras [de Trump] como um repto positivo, porque só um parceiro poderia desejar que outro seja mais forte. Não interpretem estas declarações como as de um inimigo da Europa, somos aliados. O Ocidente, a Europa, os EUA, Canadá: toda a NATO colabora no âmbito da defesa. Devíamos falar uma única voz", sustentou.

Dos 27 países da UE, 23 também são parte da NATO.

O primeiro-ministro polaco defendeu ainda que não tem sentido "haver preocupações ou irritações" com as declarações do governante norte-americano e parafraseou uma parte do discurso de John F. Kennedy, antigo presidente democrata dos EUA, aplicando-a à UE: "Devíamos parar de perguntar o que é que os Estados Unidos da América podem fazer pela nossa segurança (...) e começar a pensar o que é que nós podemos fazer pela nossa própria segurança".

Para evitar "gastar mais no futuro", Tusk pediu que o investimento na área securitária seja feito hoje, não colocando como impossível os 5% do PIB em defesa com que Trump fez soar os alarmes dos países da NATO.

A Polónia escolheu a segurança como prioridade da sua presidência semestral do Conselho da UE e quer que a defesa comece a ser pensada pelos 27 do bloco europeu de maneira concertada e com enfoque na cooperação.

Uma abordagem comum entre os países da UE sobre o investimento em segurança e defesa é o assunto que marcará as discussões do primeiro retiro informal de líderes europeus promovido pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa. O encontro está agendado para 03 de fevereiro.

Leia Também: Bruxelas corrige dados de Trump sobre défice comercial dos EUA com UE

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