"Estou certo de que a amizade entre as nossas nações e os valores que nos unem continuarão a reforçar a colaboração entre a Itália e os Estados Unidos, enfrentando juntos os desafios globais e construindo um futuro de prosperidade e segurança para os nossos povos", escreveu Meloni.
A líder italiana destacou ainda o papel do seu país "no reforço do diálogo entre os Estados Unidos e a Europa".
Donald Trump foi hoje empossado como o 47.º Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio em Washington que marca o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.
A cerimónia em Washington foi marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com poucos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia, à exceção da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
O político republicano foi Presidente entre 2017 e 2021, após perder a reeleição em 2020 para o democrata Joe Biden, a quem sucede agora no cargo.
Meloni assistiu à cerimónia sentada ao lado do Presidente argentino, Javier Milei, no interior do Capitólio, na sala denominada Rotunda.
A líder do partido de extrema-direita Irmãos de Itália (FdI, na sigla italiana), mantém relações amistosas com Trump e com o seu futuro co-diretor de um novo departamento de eficiência governamental, Elon Musk.
Depois de aterrar na capital norte-americana, a primeira-ministra italiana foi à Igreja de São João, perto da Casa Branca, para uma cerimónia religiosa com Trump antes de este prestar juramento.
"Penso que é extremamente importante para uma nação como a Itália, que tem relações extremamente sólidas com os Estados Unidos, dar provas da vontade de continuar e, se for caso disso, reforçar essa relação numa altura em que os desafios são globais e interligados", disse Meloni ao explicar o significado da sua presença na tomada de posse de Trump antes de participar na cerimónia religiosa.
Meloni visitou recentemente o quartel-general de Trump na Flórida, em Mar-a-Lago, onde terá falado com uma jornalista italiana detida no Irão, Cecilia Sala, que foi libertada alguns dias depois numa aparente troca por um engenheiro iraniano posteriormente libertado em Milão, depois de ter sido detido por acusações de terrorismo nos EUA.
Trump saudou a governante como uma "mulher fantástica", no meio de especulações de que poderia servir de ponte entre Trump e a Europa.
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