"Se o Hamas continuar no poder, é provável que a instabilidade regional que está a causar se mantenha. Não há futuro de paz, estabilidade e segurança para ambas as partes se o Hamas continuar no poder na Faixa de Gaza", advertiu numa conferência de imprensa em Jerusalém.
Saar reiterou a determinação do seu Governo em alcançar "todos os objetivos da guerra definidos pelo gabinete de segurança": o regresso de todos os reféns mantidos em cativeiro em Gaza, o desmantelamento das capacidades militares e governamentais do Hamas e a criação de uma situação que garanta que a Faixa de Gaza nunca mais será uma "ameaça" para o Estado de Israel.
"Infelizmente, ainda não atingimos o objetivo" de desmantelar o Hamas, apesar de os golpes desferidos pelo Exército israelita terem reduzido o movimento de 'um exército terrorista' para 'um grupo de guerrilha', acrescentou.
"Em teoria, podemos alcançar [o objetivo de desmantelamento do Hamas] através de um acordo, mas isso terá de ser negociado na primeira fase" do acordo de cessar-fogo, disse.
Esta primeira fase, com a duração de seis semanas, deverá conduzir à libertação de 33 reféns israelitas mantidos em cativeiro em Gaza, em troca da libertação de cerca de 1.900 palestinianos detidos por Israel.
A transição para a segunda fase do acordo "não é automática", declarou Saar.
O cessar-fogo foi adiado hoje de manhã depois de o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter acusado o Hamas de não ter entregado a lista com os nomes dos três reféns que deveriam ser libertados ainda hoje.
O grupo islamita afirmou estar comprometido com o acordo de cessar-fogo e disse que o atraso se deveu a "razões técnicas no terreno", sem dar mais pormenores.
No sábado à noite, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu descreveu a trégua como um "cessar-fogo provisório".
"Mantemos o direito de retomar a guerra se necessário, com o apoio dos Estados Unidos", afirmou.
[Notícia atualizada às 13h13]
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