Netanyahu anuncia adiamento de cessar-fogo em Gaza. Exige lista de reféns

As Forças de Defesa de Israel receberam instruções para não iniciarem o cessar-fogo, que deveria entrar em vigor às 8h30 (6h30 em Lisboa).

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© Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images

Cátia Carmo
19/01/2025 06:36 ‧ há 8 horas por Cátia Carmo

Mundo

Médio Oriente

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou este domingo, a poucas horas do cessar-fogo na Faixa de Gaza entrar em vigor, que o acordo será adiado até que o Hamas passe a Israel uma lista com os reféns que serão libertados.

 

As Forças de Defesa de Israel (IDF, siga em inglês) receberam instruções para não iniciarem o cessar-fogo, que deveria entrar em vigor às 8h30 (6h30 em Lisboa).

"O primeiro-ministro ordenou ao exército que o cessar-fogo, que deveria entrar em vigor às 08h30, não começará até que Israel tenha a lista dos reféns libertados, que o Hamas se comprometeu a dar", disse o gabinete de Benjamin Netanyahu em comunicado.

Em declarações aos 'media' locais, o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, disse que o Hamas ainda não deu a Israel os nomes dos três reféns e que as forças armadas vão continuar a atacar a Faixa de Gaza até terem essa lista.

Em reação, citado pela BBC, o Hamas afirmou que o atraso se deveu a "razões de ordem técnica".

No âmbito do acordo, o grupo deveria entregar no sábado, antes das 16h00 horas locais (14h00 em Lisboa), os nomes dos três reféns israelitas que seriam libertados no primeiro dia de trégua.

O líder israelita avisou, no sábado à noite, que a primeira fase do acordo para acabar com os combates em Gaza era "um cessar-fogo temporário" e que Israel reservava o direito de retomar a guerra, com o apoio dos Estados Unidos, caso o acordo fosse interrompido. Realizou também uma reunião de segurança para discutir a questão da lista.

A primeira fase do cessar-fogo, repartida por seis semanas, prevê a cessação das hostilidades e a libertação de reféns detidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

Anunciado na quarta-feira pelos mediadores, o acordo visa, segundo o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, conduzir a prazo a "um fim definitivo da guerra", desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas palestiniano contra Israel em 07 de outubro de 2023, durante o qual os reféns foram raptados.

[Notícia atualizada às 07h26]

Leia Também: Milhares manifestam-se em Londres e Madrid por retirada israelita de Gaza

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