O porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Basal, confirmou na rede social Telegram que pelo menos cinco pessoas foram mortas na cidade de Gaza e outras três nas cidades do norte do enclave, entre as 08h30 e as 09h30 locais (06h30 e 07h30 GMT).
A trégua foi adiada esta manhã depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter acusado o Hamas de não ter entregado a lista com os nomes dos três reféns que deveriam ser libertados ainda hoje.
O grupo islamita afirmou estar comprometido com o acordo de cessar-fogo e disse que o atraso se deveu a "razões técnicas no terreno", sem dar mais pormenores.
Em declarações aos meios de comunicação social em hebraico, o principal porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, afirmou que o exército continuaria a atacar Gaza até receber a lista com os três nomes os reféns a libertar.
Pouco depois da sua mensagem, as forças israelitas afirmaram ter atacado vários "alvos terroristas" no norte e no centro da Faixa de Gaza.
Como parte do acordo com Israel, o grupo islamita deveria entregar os nomes dos três reféns israelitas que seriam libertados hoje, no primeiro dia da trégua, em troca de 90 prisioneiros palestinianos.
Na primeira fase do acordo, Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo de seis semanas, durante as quais haveria uma troca gradual de 33 reféns israelitas por mais de 1.900 prisioneiros palestinianos.
Durante essas seis semanas, seriam também realizadas negociações para uma segunda fase da trégua, na qual se concluiria a libertação de todos os reféns israelitas em Gaza e se lançariam as bases para o fim da guerra.
Leia Também: Netanyahu anuncia adiamento de cessar-fogo em Gaza. Exige lista de reféns