"O dever agora é acabar imediatamente com o cerco, fornecer ajuda e abrigo ao nosso povo, curar as suas feridas, fazer regressar os deslocados e reconstruir", declarou o grupo islamita num comunicado, no qual afirma que a liderança do movimento tem estado a trabalhar nesse sentido desde o primeiro dia.
O plano pós-guerra apresentado pelos Estados Unidos prevê que uma Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) reformada, sob o controlo do partido nacionalista Fatah, de Mahmoud Abbas, que governa algumas zonas da Cisjordânia ocupada, assuma o controlo da Faixa de Gaza após a guerra.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, opõe-se fortemente a que o Hamas continue a deter o poder no enclave, noticiou hoje a agência EFE.
No comunicado, o Hamas celebrou o ataque múltiplo de 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra com Israel - na qual morreram pelo menos 46.800 pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza -, depois de o Hamas e outras fações islamitas terem matado 1.200 israelitas e sequestrado 251 pessoas.
"A operação Inundação de Al Aqsa aproximou-nos do fim da ocupação, da libertação e do regresso", afirmou o Hamas.
"A ocupação (israelita) não atingiu os seus agressivos objetivos e só conseguiu cometer crimes de guerra que envergonham a humanidade", acrescentou.
Nos 15 meses de duração da guerra, cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados, mais de 60% dos edifícios foram danificados ou destruídos e Israel tem bombardeado sistematicamente escolas com centenas de pessoas deslocadas, casas e locais de oração, para além de ter tornado os hospitais inoperacionais, onde deteve doentes e pessoal médico.
"O sangue do nosso povo que se levantou na guerra de extermínio não será em vão e não prescreverá, e os líderes e soldados do inimigo serão perseguidos e julgados por isso, não importa quanto tempo passe", disse o grupo islamita.
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