"A Alemanha não faz distinções, a nossa Constituição não faz distinções entre cidadãos de primeira e de segunda classe", afirmou a política dos Verdes num vídeo publicado nas suas redes sociais, a pouco mais de um mês das eleições legislativas alemãs.
"Todos os cidadãos alemães são cidadãos deste país, independentemente do local onde nasceram ou onde os seus pais nasceram", acrescentou a ministra.
Baerbock manifestou estar "chocada" com o sucedido e questionou se os seus colegas da Câmara dos Deputados, com origens estrangeiras, também receberam "bilhetes de expulsão" como os distribuídos pela AfD na cidade ocidental de Karlsruhe.
"Vocês são a Alemanha, nós somos a Alemanha", sublinhou Baerbock.
As autoridades locais confirmaram à agência noticiosa espanhola EFE que já iniciaram as investigações sobre a disseminação de folhetos que apareceram em caixas de correio de pessoas com apelidos alegadamente estrangeiros para determinar se constituirá um crime de incitamento ao ódio.
A distribuição dos folhetos foi divulgada pela AfD no passado fim de semana durante o congresso do partido de extrema-direita, onde foi aprovado um manifesto eleitoral que inclui promessas de encerrar as fronteiras e "uma operação de deportações" contra os migrantes.
A Alemanha vai a eleições no dia 23 de fevereiro, sete meses antes do previsto, após o chanceler Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), a submeter-se em 16 de dezembro a uma moção de confiança no parlamento alemão (Bundestag) depois da demissão do ministro das Finanças, o liberal Christian Lindner (do FDP), que culminou no fim da coligação.
O partido da AfD está posicionado como a segunda força partidária no país, com 19-22% de intenção de voto, logo atrás do bloco conservador (29-31%) e à frente dos sociais-democratas do chanceler Olaf Scholz (14-17%).
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