O apoio espanhol destina-se a complementos salariais dos militares, a placas solares e outras capacidades logísticas, disse Albares, numa conferência de imprensa em Beirute e após uma reunião com o novo Presidente libanês, Joseph Aoun.
O MNE espanhol disse que Joseph Aoun lhe transmitiu que neste momento a prioridade para o Líbano é a reconstrução, após o recente conflito entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, e o fortalecimento das Forças Armadas.
Atualmente, está em vigor um cessar-fogo de 60 dias que foi firmado no final de novembro.
Albares considerou fundamental o reforço do Exército libanês para as Forças Armadas conseguirem recuperar o controlo do sul do país.
Jose Manuel Albares disse que transmitiu a Joseph Aoun "o apoio firme e o compromisso de Espanha com o Líbano, com a sua estabilidade política, com a sua soberania e com a sua integridade territorial".
O MNE visita hoje o Líbano e vai ainda reunir-se com o comandante da força da ONU no Líbano (FINUL), o general espanhol Aroldo Lázaro. Espanha tem mais de 600 militares na FINUL.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, é esperado no Líbano na sexta-feira, a primeira visita de um chefe de Estado estrangeiro a Beirute desde a escolha de Joseph Aoun para a presidência libanesa.
Segundo a presidência francesa, com esta visita, Macron quer demonstrar "o compromisso inabalável" no apoio de Paris ao Líbano, que enfrentava uma prolongada crise política.
O Palácio do Eliseu referiu em comunicado que o Líbano está a viver "um momento histórico" depois de o futuro Presidente ter sido escolhido pelo parlamento na semana passada, após um vazio de poder durante dois anos e meio, a que se seguiu a nomeação de Nawaf Salam para primeiro-ministro.
Macron pretende reiterar aos novos líderes o seu apoio à formação o mais rapidamente possível de "um governo forte, capaz de unir toda a diversidade dos libaneses e de restaurar a segurança e a soberania em todo o território do Líbano", indicou o comunicado da presidência francesa.
A França, antiga potência colonial no Líbano, tem mediado ativamente a crise institucional naquele país, para a qual Macron nomeou em junho de 2023 um enviado especial, o veterano Jean Yves Le Drian, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, que acompanhará o líder francês nesta visita.
Também o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, viajará para o Líbano no final desta semana para uma visita de "solidariedade" ao país e ao seu povo.
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