Três mortos no 1.º ataque israelita contra forças de segurança sírias

Três pessoas, incluindo um civil, foram hoje mortas num ataque israelita que teve pela primeira vez como alvo as forças da nova liderança no sul da Síria, disseram fontes médicas e uma organização não-governamental (ONG).

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© Kirill Chubotin / Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

Lusa
15/01/2025 16:40 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma ONG que tem sede no Reino Unido mas que conta com uma vasta rede de colaboradores na Síria, informou que um "'drone' israelita" atingiu uma caravana militar na cidade de Ghadir al-Boustane, perto dos montes Golã sírios ocupado por Israel, matando "dois membros do Comando de operações militares", uma nova coligação islâmica que tem na base a aliança rebelde islamita que derrubou o regime de Bashar al-Assad a 08 de dezembro.

 

Uma fonte médica disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) que a terceira vítima é um civil, funcionário de um organismo local.

O ataque provocou também um ferido, igualmente militar, que foi transportado para um hospital na zona.

O ataque teve lugar na cidade de Ghadir al-Boustane, no sul da província de Al-Quneitra, onde se registaram "violentas explosões e nuvens de fumo", segundo o observatório.

Segundo a ONG, a caravana militar atacada fazia parte de uma operação conduzida pelo Comando de Operações Militares que tinha como objetivo procurar armas do regime deposto escondidas em casas de civis na zona.

As forças de segurança da nova liderança síria têm efetuado este tipo de operações nas últimas semanas.

Após a deposição de Bashar al-Assad, os aviões israelitas lançaram uma campanha de bombardeamento em grande escala com o objetivo de destruir as armas do regime.

As tropas israelitas ocuparam também toda a zona desmilitarizada entre Israel e a Síria, área estabelecida num acordo assinado em 1974, bem como o lado sírio do estratégico Monte Hermon, nos Montes Golã, com o pretexto de impedir que os grupos rebeldes que derrubaram Assad constituíssem "uma ameaça".

Desde então, e de acordo com dados hoje atualizados, o exército israelita reivindicou ter confiscado mais de 3.300 armas em território sírio.

As forças israelitas também afirmaram hoje que irão manter a "missão de defesa na linha da frente na Síria para garantir a segurança dos residentes israelitas, em particular nos Montes Golã".

Israel tem insistido que não tem qualquer intenção de ocupar território na Síria e que a sua presença na zona tampão é apenas temporária, embora ainda não se tenha retirado mais de um mês depois.

Uma ofensiva rebelde lançada em 27 de novembro de 2024 pôs fim ao regime de Bashar al-Assad em 08 de dezembro, dia da tomada de Damasco, a capital da Síria.

Assad refugiou-se na Rússia, que lhe concedeu asilo político.

Leia Também: Síria. ONU pede justiça durante transição em vez de vinganças

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